Progressão da doença tem consequências mais graves em crianças do que em adultos e especialista destaca a importância da imunização
Os índices de vacinação contra a hepatite B no Brasil nunca estiveram em patamares tão baixos: o percentual de bebês vacinados caiu de 86% em 2018 para 75,2% em 2022 — os dados preliminares foram divulgados pelo site do Ministério da Saúde, a partir de estudo realizado pelo Observa Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A progressão da doença tem consequências mais graves em crianças do que em adultos e especialistas destacam a importância da imunização.
Como explica a pediatra e professora do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Polyana Santos, o sistema imunológico durante a infância ainda está em desenvolvimento e a contaminação pelo vírus da hepatite B (VHB) pode ocasionar em doença crônica. “A aplicação da primeira dose de vacina é recomendada nas primeiras 24 horas após o nascimento, tendo em vista que a transmissão pode acontecer da mãe para o feto com a gravidez, durante e após o parto e que pode ocorrer a evolução da doença, após esse período depois de nascer”, afirma a médica.
O VHB está presente no sangue e em outros líquidos corporais, como a saliva, o sêmen e secreções vaginais da pessoa infectada. Outras formas de contaminação podem ocorrem por meio do contato com pequenos ferimentos na pele e nas mucosas, transfusões sanguíneas e pelo uso de drogas injetáveis ou material contaminado (como alicates, por exemplo).
A hepatite B ataca, preferencialmente, as células do fígado (hepatócitos) e causam um processo inflamatório que provoca dores abdominais, náuseas, vômitos, febre, cansaço, tontura e icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas). Em quadros crônicos, a doença pode provocar cirrose hepática e câncer. O diagnóstico é realizado por meio de exame de sangue, além de testes rápidos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a imunização, é necessária a vacinação logo nas primeiras 24 horas de vida, com mais três doses de reforço (uma aos 2 meses de idade e as outras aos 4 e 6 meses). Pessoas adultas que não foram vacinaram quando crianças podem procurar pelo serviço do SUS para serem imunizadas em um esquema de três doses — indivíduos que convivem com o HIV e imunodeprimidos precisam seguir um esquema especial, com doses reforçadas periodicamente.
A capacidade produtiva do laboratório Bio-Manguinhos e a habilidade política da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para firmar acordos de transferência de tecnologia estão entre os motivos para o sucesso da parceria entre a farmacêutica AstraZeneca e o laboratório brasileiro na produção de vacina contra a Covid-19. A constatação está em artigo publicado nesta quarta (8) na revista “Research Policy” com autoria de pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e da London School of Economics.
Os autores realizaram um estudo de caso baseado em pesquisa qualitativa. Além da análise de documentos e arquivos e de visitas à Fiocruz, os pesquisadores entrevistaram 11 informantes-chave da instituição. A coleta de dados mais intensa ocorreu de junho de 2021 a março de 2022, e a validação adicional de informações ocorreu até agosto de 2022.
A pesquisa explica que a experiência de Bio-Manguinhos foi bem-sucedida por três fatores: ação política, capacidade tecnológica e flexibilidade regulatória. No primeiro caso, a concorrência política entre o Governo Federal e o Governo de São Paulo em meados de 2020 para a produção da primeira vacina brasileira abriu uma janela de oportunidade para a Fiocruz, que também demonstrou habilidade para negociar com diferentes atores políticos, como Congresso, Judiciário, instituições de controle e filantropos.
A tecnologia do laboratório foi decisiva para o interesse da AstraZeneca na parceria, diz o artigo. “A experiência e know-how com a cultura de células em biorreatores e purificação de proteínas foi crucial para que Bio-Manguinhos conseguisse simplificar os protocolos de produção – dada a urgência de produzir o imunizante no auge da pandemia de Covid-19 e diante de interrupções nas cadeias globais”, explica Elize Massard da Fonseca, uma das autoras do artigo. A pesquisadora da FGV EAESP explica que, no curto prazo, o conhecimento adquirido no processo pode contribuir para o desenvolvimento de vacina que responda a novas variantes da Covid-19. A longo prazo, pode fomentar o desenvolvimento de mais produtos biomédicos, como imunizantes para outras doenças.
O artigo também aponta a contribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para acelerar e facilitar o processo de produção das vacinas. “A Agência rapidamente adaptou seus procedimentos e diretrizes para realização de ensaios clínicos e de produção. Isso permitiu que desafios inesperados fossem prontamente resolvidos”, cita Fonseca. A autora ressalta que o diálogo constante com o setor regulador é um dos aprendizados que a atuação da Anvisa pode deixar de legado para outros países.
Os autores enfatizam a contribuição do artigo para o debate internacional sobre o compartilhamento de conhecimento pelas iniciativas de transferência de tecnologia e sobre como essas parcerias funcionam na prática. “O mecanismo de encomenda tecnológica, modelo de contrato adotado por Bio-Manguinhos, garantiu acesso a uma tecnologia inovadora, porém ainda não disponível no mercado. O trajeto percorrido pela Fiocruz pode incentivar (e servir de modelo) para outros contratos de inovação orientada por missão”, completa Fonseca.
O Governo do Maranhão tem dado continuidade às ações de imunização da população contra a Covid-19. O primeiro lote das vacinas bivalentes da Pfizer, que protegem contra a cepa original e a variante Ômicron, chegou ao estado, nesta quarta-feira (8), com o quantitativo de 32.400 doses. Até o dia 20 de fevereiro, o Ministério da Saúde enviará ao Maranhão o total de 506 mil doses.
Depois da chegada dos três lotes da vacina, será realizada a distribuição aos 217 municípios maranhenses, que se dará por meio das Regionais de Saúde. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, a equipe já possui uma estratégia para a logística de envio.
“Assim que o Ministério da Saúde finalizar a entrega, nós faremos a distribuição via terrestre e via aérea para os municípios, para que automaticamente eles possam iniciar o processo de imunização da nossa população. Mas é importante deixar um aviso: só pode tomar a vacina bivalente quem tem o esquema básico completo, a primeira e a segunda dose”, explicou o secretário.
Conforme orientação do Ministério da Saúde, a imunização com as vacinas bivalentes será dividida em quatro fases. Vale ressaltar que ela só pode ser administrada após quatro meses de qualquer uma das outras doses.
Na primeira fase de imunização, os grupos serão vacinados na seguinte ordem: pessoas com 70 anos ou mais, moradores de instituições de longa permanência (ILP), imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas. Na segunda fase, serão vacinadas pessoas de 60 a 69 anos; na terceira, gestantes e puérperas; e na quarta, os profissionais da saúde.
Como a bivalente é destinada apenas para o público que tenha completado, ao menos, o esquema básico, o secretário Tiago Fernandes ainda reforçou a importância da vacina e a necessidade de as pessoas buscarem pelos pontos de vacinação.
“Estamos numa busca incansável por aquele cidadão que ainda não tomou sua vacina, é importante que a pessoa se imunize. O abrandamento da Covid-19 em todas as faixas etárias decorre, em especial, pelo processo de ampliação da cobertura vacinal. A vacina é o caminho mais eficaz para que a gente possa atenuar ainda mais o cenário da Covid-19”, destacou Tiago.
Imunização
Para aqueles que ainda precisam atualizar o esquema vacinal da Covid-19, a vacinação na rede estadual, em São Luís, está disponível nas Policlínicas Vinhais e Cidade Operária, além dos postos municipais de vacinação.
Karina Toledo | Agência FAPESP – Uma nova vacina contra a COVID-19 desenvolvida no Brasil pode começar a ser testada em humanos ainda este ano. O imunizante apresentou bons resultados nos estudos com animais, que foram divulgados este mês na revista Nature Communications. Os cientistas já receberam autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para dar início ao ensaio clínico e aguardam, agora, o sinal verde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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“Já entregamos à Anvisa toda a documentação necessária. A expectativa é que a resposta saia nas próximas semanas. Estamos prontos para começar”, conta à Agência FAPESPRicardo Tostes Gazzinelli, coordenador do Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador sênior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Para desenvolver a formulação vacinal, o grupo coordenado por Gazzinelli fundiu duas diferentes proteínas do SARS-CoV-2: a N (do nucleocapsídeo, estrutura que abriga o material genético do vírus) e uma porção da S (espícula ou Spike) usada pelo patógeno para se ligar e invadir a célula humana. A molécula quimérica resultante recebeu o nome de SpiN. A estratégia teve o objetivo de induzir no organismo a chamada resposta imune celular, ou seja, a produção de células de defesa (linfócitos T) especializadas em reconhecer e matar o novo coronavírus. Em tese, esse tipo de proteção permaneceria eficaz mesmo diante do surgimento de novas variantes.
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“As vacinas para COVID-19 atualmente em uso têm como objetivo principal induzir a produção de anticorpos neutralizantes contra a proteína S, que impedem o vírus de infectar as células humanas. Essa é a chamada resposta imune humoral. Mas, à medida que foram surgindo variantes com muitas mutações na proteína S, os anticorpos foram perdendo a capacidade de reconhecer esse antígeno. Já a proteína N se manteve mais conservada nas novas cepas”, explica a doutoranda Julia Castro, que conduziu os ensaios pré-clínicos sob a orientação de Gazzinelli.
Como explica o pesquisador, que também é professor visitante da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), a vacina baseada na proteína quimérica SpiN não induz, por si só, a produção de anticorpos neutralizantes. No entanto, se usada como dose de reforço, pode estimular tanto a imunidade humoral gerada por vacinação prévia quanto a imunidade celular, conferindo uma dupla proteção.
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Testes de desafio
Os experimentos com animais foram feitos em um laboratório com alto nível de biossegurança instalado na FMRP-USP, graças a uma colaboração com os professores João Santana da Silva e Luiz Tadeu Figueiredo. O trabalho contou com apoio da FAPESP. A pesquisa também recebeu recursos da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da Prefeitura de Belo Horizonte e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Em uma primeira etapa, a eficácia vacinal foi testada em camundongos geneticamente modificados para expressar a proteína humana ACE2, à qual o vírus se conecta (via proteína S) para infectar a célula hospedeira. Esse modelo mimetiza a forma grave da COVID-19.
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Parte dos animais recebeu duas doses do imunizante, com intervalo de 21 dias, enquanto os demais receberam apenas placebo. Um mês depois, os roedores foram expostos a uma alta carga viral por via intranasal. Diferentes experimentos foram feitos para testar a proteção da vacina contra a cepa selvagem dos SARS-CoV-2 (isolada na China em 2019), contra a variante delta (Índia, 2020) e contra a ômicron (África do Sul, 2021).
“No grupo que recebeu placebo, 100% dos animais infectados com a cepa de Wuhan [China] ou com a delta morreram. Já os camundongos expostos à ômicron não evoluíram para óbito, mas desenvolveram uma patologia significativa no pulmão. No grupo dos imunizados, todos os animais sobreviveram às três cepas e o tecido pulmonar estava muito mais preservado. Além disso, observamos uma redução na carga viral que variou entre 50 e 100 vezes”, conta Castro.
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O passo seguinte foi testar a vacina em um modelo de doença moderada. Para isso, foram usados hamsters, que são naturalmente infectados pelo vírus, mas de forma não muito eficiente. Os animais receberam duas doses do imunizante e, após um mês, foram expostos à cepa de Wuhan ou à delta. Em comparação ao grupo-controle [que recebeu apenas placebo], os vacinados tinham uma carga viral aproximadamente dez vezes menor e menos sinais de dano pulmonar.
Estabilidade e segurança
No Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG foi criada uma plataforma para produzir a proteína quimérica SpiN em culturas de bactérias geneticamente modificadas. Lá também foram feitos os testes de pureza – para garantir que não há contaminantes na formulação – e de estabilidade, que visam descobrir a durabilidade do imunizante em diferentes temperaturas.
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“Os resultados indicam que a vacina se mantém viável por até duas semanas quando armazenada em temperatura ambiente. Se mantida a 4 oC, porém, ela dura ao menos seis meses”, conta Gazzinelli.
Ainda segundo o pesquisador, a segurança e a toxicidade do imunizante foram testadas em experimentos com ratos. “Já temos o lote clínico e concluímos todos os testes necessários para obter a aprovação na Anvisa. Por isso temos a esperança de começar o ensaio clínico em meados de setembro”, diz.
Os testes de fase 1 e 2 – para avaliar a segurança em humanos e a capacidade de induzir a resposta imune – serão feitos na Faculdade de Medicina da UFMG, sob a coordenação dos professores Helton Santiago e Jorge Pinto. A proposta é imunizar indivíduos previamente vacinados contra a COVID-19 (que tenham recebido qualquer um dos imunizantes disponíveis no Brasil há no mínimo seis meses).
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“Será uma dose de reforço. Os voluntários do grupo-controle vão receber a vacina da AstraZeneca. Depois vamos comparar a produção de anticorpos neutralizantes, anticorpos totais contra o SARS-CoV-2 e a resposta de linfócitos T. A expectativa é que a nossa formulação induza uma resposta celular ainda mais forte”, adianta Gazzinelli.
O artigo Promotion of neutralizing antibody-independent immunity to wild-type and SARS-CoV-2 variants of concern using an RBD-Nucleocapsid fusion protein pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-022-32547-y.
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Dra. Ada Alves, da Fiocruz, ressalta em vídeo que as vacinas continuarão necessárias e que o país deve buscar sua autonomia tecnológica
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A demanda por vacinas contra a Covid-19 continuará muita alta provavelmente até o fim do ano que vem, período em que vamos ter que conviver com ondas de infecções ocasionadas pelo aparecimento de novas subvariantes de variantes do vírus SARS-CoV-2. O Brasil precisa desenvolver uma vacina contra a Covid-19 com tecnologia nacional, defende a Dra. Ada Maria de Barcelos Alves, cientista do IOC/Fiocruz, em entrevista em vídeo produzido pelo Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (CRBio-01).
No curto e médio prazos, o Brasil necessitará de um volume muito grande de vacinas para estender a cobertura vacinal, hoje elevada apenas nas áreas urbanas, a todo o seu território continental, segundo a bióloga. Mesmo passada a pandemia, o país precisará manter uma produção regular de vacinas contra a Covid-19.
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“A longo prazo, a comunidade científica acredita que as vacinas contra a Covid-19 vão entrar no sistema de imunizações anuais, como a vacina contra a Influenza. Pelo menos uma vez por ano, a população deve ser imunizada contra o vírus que estaria circulando um pouquinho antes. Mas não estamos nesse estágio e acredito que ainda não estaremos no ano que vem”, afirma a especialista.
A Dra. Ada Alves chefia o Laboratório de Biotecnologia e Fisiologia de Infecções Virais do IOC/Fiocruz, que está desenvolvendo uma vacina de DNA contra a Covid-19, atualmente em fase de testes em culturas de células no laboratório. Esse é um dos vários projetos de vacinas contra a Covid-19 com diferentes tecnologias em desenvolvimento na Fiocruz, em outros institutos de pesquisa, como o Butantan, e em universidades no Brasil.
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“Precisamos ter a nossa autonomia. A gente precisa desenvolver a nossa vacina, primeiro para ter a garantia de que teremos vacina contra qualquer outra variante que venha a aparecer. Mas também para ter a tecnologia, o know-how, a infraestrutura e pessoas com conhecimento e capacidade para enfrentar outras pandemias que possam vir a surgir”, destaca a bióloga.
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A partir de segunda-feira (4), a vacinação contra a Covid-19 estará disponível também no Pátio Norte Shopping, localizado na Estrada de São José de Ribamar. O público poderá se vacinar até a sexta-feira (9), das 17h às 21h.
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Serão oferecidas a primeira, segunda e terceira doses contra a doença para pessoas com idades a partir de 5 anos, e a 4ª dose disponível para o público com idade a partir de 30 anos. Para a vacinação, devem ser apresentados documento oficial de identificação com foto e carteira de vacinação.
“É importante que a população continue vacinando com as doses disponíveis. Já chegamos na administração da quarta dose para a faixa etária dos 30+. Vários pontos estão sendo disponibilizados e a população deve seguir reforçando a proteção contra a doença”, diz o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
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Pontos de vacinação
Além do Pátio Norte Shopping, a vacinação contra a Covid-19 está disponível em postos municipais, no IEMA Rio Anil (antigo Cintra) e nas policlínicas Cidade Operária e Vinhais.
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O Maranhão continua avançando na vacinação contra a Covid-19 e já iniciou a aplicação da quarta dose em pessoas com 40 anos ou mais. O avanço da vacinação para este público foi recomendado pelo Ministério da Saúde através de nota técnica enviada aos estados.
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A quarta dose ou segunda dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a última dose tomada. Para isso, os municípios poderão usar os imunizantes da Pfizer, Janssen ou AstraZeneca, independentemente das vacinas que a pessoa tenha tomado antes.
Para reforçar o apoio aos municípios para a ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, retornará com as edições dos Arraiais da Vacinação. “Essa é uma parceria que deu certo e, por isso, estaremos retomando as ações, com o objetivo de reforçar ainda mais a vacinação no Maranhão e, consequentemente, aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19”, disse o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
No Maranhão, a cobertura do esquema básico (D1+D2 ou Dose Única) é de 67,5% da população com 5 anos ou mais. A estimativa do público a ser vacinado com a primeira dose de reforço é de 5.486.694 pessoas com 12 anos ou mais, e, até o momento, apenas 31,5% dessa população foi vacinada com a primeira dose de reforço contra a Covid-19.
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“As mulheres atualmente gestantes ou puérperas com 40 anos ou mais, que receberam anteriormente as vacinas da CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, também estão aptas a receber a quarta dose com a vacina Pfizer. Basta buscar este atendimento e a atualização do seu esquema vacinal nos pontos de vacinação contra a Covid-19, que possuem imunizantes para o início da aplicação da quarta dose para esses públicos”, explicou a chefe do Departamento de imunização da SES, Halice Figueiredo.
A vacinação contra a Covid-19 está disponível nos postos municipais e, para ampliar a cobertura vacinal, o Governo do Maranhão disponibiliza três pontos na capital: IEMA Rio Anil (antigo Cintra) e as policlínicas Cidade Operária e Vinhais.
Também já está disponível no Maranhão a 3ª dose da vacina contra a Covid-19 para adolescentes de 12 a 17 anos. Para a vacinação, é necessária a apresentação de documento pessoal que pode ser um RG ou certidão de nascimento e a carteira de vacinação.
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Nova recomendação
Quem iniciou o esquema vacinal com a dose única da Janssen também deverá reforçar a proteção contra o vírus. A última recomendação era para aplicação de dose de reforço em pessoas a partir dos 18 anos, dois meses após a dose única. Agora, quem tem 18 anos ou mais deverá receber um segundo reforço quatro meses após o primeiro reforço.
Aqueles com idade superior a 40 anos precisam de um terceiro reforço, que deverá ser aplicado após o intervalo de quatro meses do segundo. Nesses casos, a recomendação é que sejam usadas as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou Janssen.
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O presidente Jair Bolsonaro revogou a Lei 14.125, de 2021, que autorizava estados, o Distrito Federal e os municípios a adquirir vacinas contra a covid-19 e assumir a responsabilidade civil em relação a efeitos adversos pós-vacinação. A revogação veio por meio da Medida Provisória (MP) 1.126/2022, publicada na última quarta-feira (15) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
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A Lei 14.125 teve origem em uma proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O PL 534/2021 foi apresentado em um período em que a Anvisa ainda não havia aprovado registro definitivo de vacinas. A lei permitiu que entes federados constituíssem garantias ou contratassem seguro privado, nacional ou internacional, para a cobertura dos riscos relativos à imunização, uma exigência de fabricantes da Pfizer e Janssen.
Fonte: Agência Senado
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Mestre em Saúde explica que testes e vacinas garantem que a criança tenha uma vida saudável. Somente o teste do Pezinho pode detectar até 40 doenças
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A cegonha passou por aí? Se tem bebê prestes a chegar, você precisa conhecer os principais testes e vacinas que todo recém-nascido necessita ser submetido tanto para identificar possíveis doenças quanto para preveni-las. Nós conversamos com a instrutora do curso Técnico em Enfermagem do Senac Goiás, Christina Souto Cavalcante Costa, que é mestre em Ciências Ambientais e Saúde e doutoranda Ciências da Saúde, e ela elencou os principais testes e vacinas para o recém-nascido. Confira:
Teste do Pezinho – Deve ser feito no 3º ao 5º dia de vida do recém-nascido
A finalidade desse período é porque o bebê precisa sugar o leite materno e normalmente o leite materno desce a partir do terceiro dia de vida do bebê. Por meio do leite, o bebê terá algumas alterações no organismo e o exame vai apresentar algumas doenças que ele possa ter. O teste do pezinho avalia 40 doenças, por isso é importantíssimo. Ele é feito sempre nas laterais do calcanhar porque no pé temos uma grande quantidade de vasos sanguíneos, então é mais fácil ter uma quantidade grande de sangue para coleta. É importante destacar que não é um teste dolorido, o bebê às vezes chora porque apertamos o pé para garantir a saída do sangue, então é mais pela manipulação no momento do exame, mas não tem dor exagerada.
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Teste do Coraçãozinho – Deve ser feito entre 24 e 48 horas de vida
Serve para medir a oxigenação e verificar se existe alguma alteração cardíaca. É colocado um oxímetro de pulso no tornozelo do bebê. Caso não esteja chegando a quantidade ideal de oxigênio nessa parte do corpo, o médico certamente irá investigar pedir exames mais detalhados.
Teste da Orelhinha – Deve ser realizado até 30 dias após o nascimento
Se possível é bom quem seja feito ainda na maternidade. É feito pelo pediatra ou fonoaudiólogo. São colocados fones com estímulos sonoros no ouvido do bebê. A cóclea do bebê será estimulada e o resultado disso será medido por um aparelho. Dependendo das alterações cocleares o médico dará um diagnóstico de uma deficiência auditiva ou não. A cada mil recém-nascidos, seis apresentam alterações auditivas. Lembrando que na fase escolar a deficiência auditiva atrapalha a alfabetização e a socialização, daí a importância de descobrir o quanto antes, para tratar e oferecer o melhor para a criança.
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Teste da Linguinha – Deve ser realizado nas primeiras 72 horas de vida
Verifica se a língua sai da boca do bebê, observando se o frênulo, que é essa parte debaixo da língua, é preso. Sendo preso, o bebê terá dificuldades na pega do peito e para sugar o suficiente, o que pode levar à desnutrição por não ter o ganho de peso adequado. Sendo identificado, é possível romper o frênulo.
Teste do Olhinho – Pode ser feito ainda na maternidade
O pediatra verifica, com uma lanterna, se o globo ocular tem alguma deformidade ou se apresenta algum tipo de lesão que possa levar à cegueira ou à baixa visão.
Vacinas
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Sobre as vacinas, a doutora Christina Souto lembra que é preciso dar continuidade ao cartão de vacinação para que a criança tenha uma vida saudável e cresça dentro dos padrões de normalidade.
“Ao ser amamentado pela mãe, o bebê recebe uma carga de anticorpos, mas ao longo do primeiro ano de vida essa carga vai se perdendo, daí a necessidade da vacinação. A vacina é confiável, passa por vários testes que garantem que elas não vão ocasionar danos ao organismo humano, mas sim proteção para vida toda”, orienta a profissional.
Ela explica que algumas vacinas protegem contra as doenças, outras amenizam a infecção dessas doenças (a pessoa pode vir a contrair a doença, porém com gravidade menor e efeitos menos danosos).
BCG – aplicada até 30 dias do nascimento
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Protege contra a tuberculose pulmonar, renal, ganglionar e genital.
Hepatite B – aplicada em 3 doses, a primeira na maternidade e depois de acordo com o Programa Nacional de Imunização
Protege a pessoa contra lesões no fígado.
Hexavalente – aplicada aos 2 meses
Protege contra seis doenças: hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenza e a poliomielite.
Rotavírus – aplicada aos 2 meses de vida
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Protege de doenças relacionadas a processos virais.
Meningocócica B e ACWY – aplicada aos 3 meses
Protege contra as meningites.
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Pesquisa inédita da CNI mostra que população se mantém cautelosa com a Covid-19. Mesmo sem obrigatoriedade, pelo menos 70% continuam a usar máscaras em supermercados e ônibus
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Mesmo com a redução dos casos de Covid-19, o brasileiro defende o “passaporte da vacina” no retorno às aulas presenciais. Segundo pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto FSB Pesquisa, 77% da população é a favor de escolas e faculdades exigirem dos alunos o comprovante de vacinação. O comportamento cauteloso também é observado na adoção das máscaras: independentemente da obrigatoriedade, pelo menos 70% dos entrevistados disseram que continuariam a frequentar supermercados e a viajar de avião ou ônibus com o item de proteção.
“A população reconhece que a vacinação foi um fator determinante para o enfrentamento da crise sanitária e o Brasil é um dos países que se destaca pelo alto índice de cobertura vacinal. Estamos em um cenário de menor gravidade da pandemia, propício ao retorno das atividades econômicas a um ritmo próximo da normalidade, com retomada do emprego. Manter os cuidados é importante para que evitemos uma nova onda, por todos seus impactos na sociedade”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Esta é a sexta edição da pesquisa realizada pela CNI em parceria com o Instituto FSB Pesquisa sobre o comportamento da população na pandemia. Entre 1º e 5 de abril de 2022, foram entrevistadas 2.015 pessoas com 16 anos ou mais em todos os estados do país e o Distrito Federal.
Passaporte da vacina
O apoio à exigência do comprovante de vacinação no retorno às aulas presenciais é acompanhado de um percentual alto da população que também é favorável a vacinação infantil (79%). E o índice permanece o mesmo entre quem tem filhos ou não. Entre os pais de crianças entre 5 e 17 anos, 70% já vacinaram todos os seus filhos contra 18% que ainda não vacinaram nenhum deles.
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A maioria da população (61%) também defende a adoção do “passaporte de vacina” em outros estabelecimentos, além de escolas e faculdades. E os próprios estabelecimentos aderiram mais à medida: 27% da população teve de apresentar o comprovante de vacinação para entrar em algum lugar nos últimos três meses. Esse índice foi de 18% em novembro de 2021.
“Esse resultado reflete a confiança da população na vacina. As pessoas se sentem mais seguras em relação à Covid-19 quando estão próximas de quem já se vacinou”, pontua o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
No Brasil, houve uma massiva adesão à vacinação contra Covid-19 – 95% da população acima de 16 anos disse que já tomou pelo menos uma dose – e a maioria (82%) pretende tomar a dose de reforço e completar o esquema vacinal. Ainda assim, de acordo com a pesquisa, para 33% da população o medo de conviver com pessoas não vacinadas é grande ou muito grande.
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Uso de máscaras
Quando questionado sobre o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, o brasileiro parece ainda não estar preparado para deixar o item de proteção em casa. A maioria dos entrevistados afirmou que manteria o uso de máscaras em supermercados (73%), viagens de ônibus ou avião (70%), no comércio de rua (64%), nos shoppings (61%) e no trabalho (59%). O índice cai, mas fica acima de 40%, em atividades como cinemas, bares, restaurantes, shows e academias.
Mas muitos deixaram de usar máscaras em ambientes abertos ou até mesmo abandonaram o hábito. Nos últimos seis meses, o número de pessoas que usam máscaras em lugares abertos e fechados caiu quase pela metade – passou de 55% em novembro de 2021 para 29% em abril deste ano – enquanto aumentou os adeptos apenas em lugares fechados (de 40% para 53%). Já 17% disseram que não estão usando mais máscaras contra 4% em novembro de 2021.
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“É precoce dizer que o uso das máscaras continuará a ser um padrão entre os brasileiros mesmo com o fim da obrigatoriedade. Os índices de contaminação e óbitos por Covid-19 estão muito presentes na memória da população. Precisamos continuar a avaliar esse comportamento nos próximos meses”, pondera Azevedo.
Gravidade da pandemia
Além do impacto no dia a dia diante das restrições de convívio social, os dados mostram como a pandemia esteve muito próxima. Do total de entrevistados, 61% conhecem alguém que morreu de Covid-19 e 35% afirmaram que já tiveram a doença, sendo que 5% foram contaminados nos últimos três meses.
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Apesar disso, o brasileiro reconhece a melhoria dos índices de Covid-19. O número de pessoas que avaliam a crise sanitária como grave ou muito grave passou de 89% em abril de 2021, quando os casos e óbitos estavam em alta, para 40% em abril deste ano.
As pessoas também estão saindo mais de casa. Quase todo brasileiro (95%) foi ao supermercado nos últimos três meses e 84%, a comércio de ruas. Ir ao shopping (45%) e viajar de avião ou ônibus (36%) também faz parte da rotina de uma parcela relevante da população.
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