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É fake: “Lei de Benford” por si só não é capaz de comprovar fraude em eleições

Suposto dossiê compartilhado pelas redes sociais afirma que houve inconsistências na apuração de votos do primeiro turno. Documento é falso.

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Um conteúdo publicado em site de ultradireita afirma que houve fraude no primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras baseado na análise dos resultados a partir da Lei de Benford, um método matemático utilizado para detectar anomalias em dados numéricos.

Entretanto, essa lei, sozinha, não é válida para identificar fraudes em resultados eleitorais. Dessa forma, não é possível constatar fraude nas eleições a partir do conteúdo compartilhado.

O que estão dizendo?

Um texto que está sendo compartilhado nas redes sociais afirma que houve inconsistências na apuração de votos do primeiro turno das eleições presidenciais em diversas regiões do Brasil. O conteúdo, publicado em um site de ultradireita, se baseia em um suposto “dossiê confidencial” produzido por um grupo de especialistas técnicos nas áreas de matemática, ciência política e análise forense que aplicaram a “Lei de Benford” para analisar os dados apurados das eleições pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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De acordo com o texto compartilhado, “os padrões de dados descritos no dossiê contém muitas anomalias fortes que são flagrantes bandeiras vermelhas. Este é especialmente o caso na região nordeste do país”. O que sugere uma suposta fraude no primeiro turno das eleições presidenciais.

O conteúdo do texto compartilhado também aponta que: “Fox News e o New York Times noticiaram recentemente, há uma clara indicação de que os Tribunais Supremo e Eleitoral são tendenciosos e vão reprimir qualquer pessoa que investigue a integridade eleitoral no Brasil ou jornalistas que reportem informações que possam ser interpretadas como questionando a integridade dos sistemas eleitorais ou as ações de execução do próprio tribunal”.

Em uma busca nos veículos estadunidenses citados no texto – Fox News e The New York Times – não identificamos nenhuma matéria que afirmasse que o TSE ou STF seriam tendenciosos ou que iriam reprimir quem investiga a integridade eleitoral no Brasil.

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Não há indícios de que houve fraude no primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o uso do modelo estatístico “Lei de Benford”, por si só, não é capaz de provar qualquer irregularidade ou fraude em resultados eleitorais.

O órgão afirma ainda que “é consenso entre especialistas que a aplicação dessa lei para verificar fraude em pleitos eleitorais é controvertida”. A tentativa do uso da Lei Benford para comprovar fraudes nas eleições presidenciais brasileiras também já foi desmentida pelo TSE no pleito de 2014 e 2018.

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A Lei Benford é um método matemático utilizado para detectar anomalias em dados numéricos. Dalson Figueiredo, professor de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), também afirma que não é possível detectar e comprovar fraude eleitoral a partir da Lei de Benford.

Segundo o pesquisador, a principal aplicação desse método está na área de auditoria forense para identificar padrões que se desviam do que é teoricamente esperado. “ Caso alguma anomalia seja detectada, os especialistas selecionam uma parte dos dados para aprofundar a análise com auxílio de outras técnicas estatísticas. Assim, o simples fato de uma distribuição não seguir a Lei de Benford não significa que os dados foram manipulados”, explica.

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Em parceria com o professor Ernani Carvalho (UFPE) e o pesquisador Lucas Silva (UNCISAL), Figueiredo examinou dados das eleições de 2018 disponibilizadas pelo TSE a partir de cinco métodos que incluíram a Lei de Benford e não foi encontrada nenhuma irregularidade. Uma pesquisa com os dados das eleições de 2022 também está sendo feita.

Ao analisar o dossiê que está sendo compartilhado pelo site de ultradireita, Figueiredo identifica uma série de falhas no documento: “Outro problema com o relatório é a aplicação do primeiro dígito, o que não é recomendado para dados eleitorais”, aponta.

“Outra limitação é a ausência de códigos computacionais para reproduzir as análises. Hoje em dia, qualquer pessoa com um conhecimento intermediário de Excel é capaz de produzir um relatório com informações enviesadas, ou seja, é muito fácil mentir com estatística. Por isso, a ciência vem aderindo a padrões rigorosos de transparência e replicabilidade, o que por sua vez exige a disponibilização de todos os dados e scripts computacionais utilizados para produzir um determinado resultado”, acrescenta.

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Nordeste Sem Fake

O conteúdo falso foi encontrado pela robô Dandara, que monitora diariamente diversas redes sociais em busca de publicações com conteúdos potencialmente relacionados à desinformação. O trabalho tem a participação dos checadores do projeto Nordeste Sem Fake, da Agência Tatu. Mais checagens de fatos estão disponíveis no site.

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Polícia nega motivação política em homicídio de bolsonarista

Circula pelas redes sociais uma afirmação de que o homicídio do bolsonarista Marcello Leite Fernandes tem “fortes indícios de motivação política”. A afirmação também foi compartilhada em um blog daqui do Maranhão com a assinatura do próprio jornalista e compartilhado em suas redes sociais.

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A informação compartilhada é falsa. De acordo com nota enviada pela Delegacia Territorial de Ibotirama, que é responsável pela investigação, as imagens da câmera de segurança foram analisadas e testemunhas já estão sendo ouvidas. A corporação diz que a apuração preliminar indica que não há indícios de motivação política para o crime. (Poder360)

Essa informação também foi compartilhada na matéria do blogueiro maranhense, porém em sua rede social, na legenda do post da matéria, ele afirma “Marcello Leite Fernandes foi vítima de emboscada e morte premeditada com fortes indícios de motivação política”.

Dentro da matéria, para enganar o leitor, foi colocado a falar do ex-secretário de Fomento à Cultura André Pociuncula, que não é responsável pelo caso e não é uma fonte oficial.

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Entenda o caso

O assassinato de um homem de 39 anos no interior da Bahia chamou atenção de bolsonaristas nas redes sociais na 2ª feira (25.jul.2022).

Marcello Leite Fernandes foi baleado na 5ª feira (21.jul) em Ibotirama (BA). Ele era apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e usava uma camisa com uma imagem do presidente estampada no momento do crime.

Imagens de uma câmera de segurança no local registraram o homicídio. No vídeo, é possível ver 2 homens em uma motocicleta se aproximando de Marcello. Um deles dispara contra a vítima e foge do local.

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Com informações do Poder 360

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TCE desmente informação falsa sobre realização de concurso público

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) informou, nesta segunda-feira (13), que não têm qualquer fundamento as informações recentemente divulgadas nos meios de comunicação sobre concurso público a ser realizado pela instituição.

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De acordo com a Secretaria de Gestão do órgão, o que há de concreto são os estudos de viabilidade que vem sendo desenvolvidos por comissão específica, criada no ano passado pela Presidência com a finalidade de realizar os trabalhos preliminares à eventual promoção de certame para a seleção de servidores.

Não há portanto, no momento, definição quanto ao formato do eventual concurso, número de vagas, cargos e remuneração, ou quaisquer outros aspectos.

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A Secretaria informa ainda que, qualquer informação sobre a eventual realização de concurso público pelo TCE maranhense será divulgada em sua página na internet, www.tce.ma.gov.br, além do Diário Oficial Eletrônico da instituição que pode ser consultado no mesmo endereço na web.

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TSE desmente fake news sobre aplicativo e-Título

Boato estaria circulando em diversas redes sociais

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O Tribunal Superior Eleitoral divulgou uma nota na qual afirma ser “falsa a afirmação de que o e-Título seria um aplicativo espião”. O boato estaria circulando em diversas redes sociais.

“Importante lembrar que o e-Título, bem como outros aplicativos da Justiça Eleitoral, observa as diretrizes estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados no uso e armazenamento de informações de usuários”, informou o TSE.

O tribunal destaca que algumas funcionalidades do e-Título utilizam “um conjunto relativamente pequeno de autorizações”. No caso, apenas 20: número pequeno, se comparado a outros dispositivos que utilizam o sistema operacional Android. “O Facebook solicita um total de 45 permissões ao usuário; e o Uber, 35”, exemplificou.

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Na nota, o TSE justificou todas as autorizações necessárias para o acesso ao e-Título. A permissão para usar a geolocalização é necessária para o eleitor que deseja justificar o voto no dia da eleição. O acesso à lanterna do aparelho é necessário para a autenticação de documentos emitidos pela Justiça Eleitoral.

A autorização solicitada para alterar ou excluir conteúdo de armazenamento USB é necessária para a gravação de documentos emitidos a partir do e-Título, como no caso das certidões de quitação eleitoral ou das guias de pagamento dos débitos eleitorais. Já a autorização para criar contas e definir senhas é solicitada para casos de migração de um smartphone antigo para um novo.

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O aplicativo foi lançado em 2017, com o objetivo de possibilitar o acesso a serviços eleitorais de forma não presencial, como consultar o número do título e o local de votação, verificar a situação eleitoral, emitir certidões, justificar ausência às urnas, consultar e emitir guias para pagamentos de débitos eleitorais, entre outros.

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Plataforma web detecta fake news em português de forma automática

Resultados preliminares indicam que o sistema, criado por pesquisadores ligados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria da USP, é capaz de identificar notícias falsas com 96% de precisão

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Elton Alisson | Agência FAPESP – Na atual era de fake news tem sido cada vez mais desafiador distinguir notícias falsas ou falsificadas das reais.

Uma plataforma web criada por pesquisadores ligados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) pode facilitar essa tarefa.

Por meio de uma combinação de modelos estatísticos e técnicas de aprendizado de máquina, a plataforma é capaz de predizer a probabilidade de um texto ser fake.

Resultados preliminares indicaram que o sistema foi capaz de detectar notícias falsas com 96% de precisão.

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“A ideia da plataforma é oferecer à sociedade uma ferramenta adicional para identificar de forma não somente subjetiva se uma notícia é ou não falsa”, diz à Agência FAPESP Francisco Louzada Neto, diretor de transferência tecnológica do CeMEAI e coordenador do projeto.

Sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, o CeMEAI é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.

Características das fake news

Ao receber um texto, que deve conter a notícia completa, o sistema aplica métodos estatísticos para avaliar características de escrita, como palavras usadas ou classes gramaticais mais frequentes.

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Essas caraterísticas são utilizadas por um classificador baseado em um modelo de aprendizado de máquina que é capaz de distinguir padrões de linguagem, vocabulário e semântica de notícias falsas e de verdadeiras e, dessa forma, inferir automaticamente se um texto submetido à plataforma é ou não uma fake news.

“As fake news apresentam padrões na redação do texto, uso e frequência de palavras que podem ser identificáveis pelo classificador”, afirma Louzada.

Para treinar os modelos foi usado um banco de dados construído por pesquisadores da USP, composto por uma grande quantidade de notícias verdadeiras e falsas escritas em português. Além disso, os modelos foram expostos ao vocabulário usado em mais de 100 mil notícias publicadas nos últimos cinco anos.

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A base de notícias serviu de entrada para os modelos estatísticos computacionais empregados na plataforma buscarem automaticamente padrões na redação do texto, como o uso e a frequência das palavras.

“Precisamos sempre atualizar e dar mais subsídios para os modelos usados pela plataforma, de modo a melhorar a acurácia e aumentar a capacidade de predição de fake news”, avalia Louzada.

Os pesquisadores pretendem usar as fake news que circularão nas eleições brasileiras deste ano e as relacionadas à pandemia de COVID-19 para calibrar os modelos.

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“O combate às fake news é uma corrida de gato e rato porque, ao mesmo tempo que tem surgido plataformas como a que desenvolvemos para detectá-las, os métodos para produzir essas notícias falsas também têm sido aprimorados”, avalia Louzada.

Uma das preocupações é que o sistema também possa ser usado por criadores de fake news para avaliar o potencial de uma notícia falsa passar por verdadeira antes de ser difundida.

“Esse é um risco com o qual teremos que lidar”, afirma.

Plataformas para outras aplicações

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A plataforma para detecção de fake news começou a ser desenvolvida por participantes da última edição do Mestrado Profissional em Matemática, Estatística e Computação Aplicadas à Indústria (Mecai), oferecido pelo ICMC-USP e em um dos cursos da área de educação corporativa oferecidos pelo CeMEAI.

Outras soluções desenvolvidas por participantes do curso foram uma plataforma web para antecipação do valor de mercado de criptomoedas e um sistema para acompanhamento de óbitos por COVID-19 em nível municipal.

“Percebemos a dificuldade de acesso aos dados referentes à evolução dos casos e óbitos e de previsão dos números de infectados e mortos em nível municipal em diferentes períodos da pandemia. Com base nessa constatação, a ideia é criar um website que disponibilizará esses dados para cada município do Brasil”, diz Louzada.

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Saiba o que é fato e o que é fake na Anestesia Geral

A maioria das pessoas ainda possuem muitos medos e dúvidas quando o assunto é anestesia geral

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Nos primórdios da anestesia, quem precisava passar por algum tipo de procedimento cirúrgico consumia álcool para diminuir a consciência e com isso também as dores. Os mais ricos antes de 1846, quando foi utilizado pela primeira vez o aparelho inalador de éter para realizar uma cirurgia de maior porte, provocando a primeira anestesia geral em uma pessoa, faziam todas as cirurgias todas em casa, como é mostrado em séries e filmes no mundo todo. Isso acontecia por causa da fama que os hospitais tinham na época de serem lugares pouco seguros e com muitos riscos de infecção.

A anestesia geral é o estado de total ausência de dor e consciência. Mesmo sendo um procedimento razoavelmente simples e cercado de cuidados, a anestesia geral ainda reina no imaginário popular como algo perigoso, um risco de vida. Afinal, é seguro? É possível acordar de uma cirurgia? As medicações usadas previamente pelos pacientes podem interferir na anestesia geral? Essa e outras perguntas serão respondidas no formato de fato ou fake.

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Primeiros passos

Antes de tudo é preciso entender que a anestesia geral está intimamente ligada à condição de saúde do paciente, o ideal é que o profissional anestesiologista saiba sobre as doenças pré-existentes e alergias do paciente. Por isso, é tão importante a consulta pré-anestésica, nela é solicitado ao paciente, que vai se submeter a uma cirurgia, diversos tipos de exames para descobrir o real estado de saúde dele e se ele tem alergias às medicações mais comumente usadas em procedimentos cirúrgicos. Por recomendação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e do Conselho Federal de Medicina todos os pacientes que vão passar por uma cirurgia devem passar por essa avaliação pré-anestésica em procedimentos eletivos.

Segundo o Dr Plínio Cunha Leal, anestesiologista da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, as pessoas precisam perder o medo da cirurgia geral: “A gente precisa tirar da nossa cabeça esse mito de que a anestesia geral é algo perigoso, a gente tem que saber se ela se faz necessária para aquele tipo de procedimento cirúrgico e para aquele paciente em específico”, afirma o anestesiologista.

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Fato ou Fake

  • É fato ou fake que as medicações usadas pelos paciente podem interagir com as medicações anestésicas? FATO

Resposta do Dr Plínio Cunha Leal: Isso é uma dúvida muito comum dos pacientes: “Dr, eu vou ter algum tipo de alergia?” Existem dois questionamentos que são bem comuns dentro do consultório de avaliação pré-anestésica, por isso é tão importante o paciente passar nessa consulta pré-anestésica em cirurgias eletivas, antes da cirurgia. A primeira é em relação às alergias. Essas alergias precisam ser relatadas ao médico anestesiologista, porque em determinadas alergias, a gente consegue evitar o uso de medicações eventualmente feitas no período pré-operatório. Além disso, esses pacientes precisam fazer uma bateria de exames e testes alérgicos antes da cirurgia. E uma segunda questão é:  “- Dr, eu tomo uma medicação, essa medicação que eu faço uso para pressão, para diabetes, enfim para qualquer tipo de patologia. Elas podem interferir na anestesia?” A resposta é sim, as medicações podem interferir sim nas anestesia. Algumas medicações, elas podem ter alterações com as medicações anestésicas. Algumas precisam ser suspensas, algumas têm que ser mantidas, por isso que é tão importante, o paciente passar por uma avaliação pré-anestésica e a gente orientar. Algumas medicações tem que ser suspensas alguns dias antes, algumas tem que ser mantidas até o dia da cirurgia, então é importantíssimo. Aqui cabe frisar que você vai ser submetido a um procedimento eletivo, consulte o seu anestesista. Ele que vai garantir que todo o seu procedimento ocorra sem nenhuma intercorrência e da melhor maneira possível.

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  • A Anestesia Geral é perigosa? FAKE

Resposta do Dr Plínio Cunha Leal: Uma grande dúvida que os pacientes sempre tem é sempre a questão da anestesia geral. A primeira coisa que precisamos entender é que: existem procedimentos cirúrgicos diferentes e a anestesia que esse paciente vai ser submetido depende tanto do procedimento cirúrgico como das comorbidades que esse paciente possa ter. Uma paciente gestante normalmente é submetida a uma raquianestesia, porque o benefício dela ser submetida a essa anestesia que é aquela picadinha na coluna em que fazemos uma medicação para ela ficar anestesiada do abdômen para baixo e vai conseguir mexer os braços, vai ser mais segura para ela nessa situação. Porém, se essa mesma paciente tem alguns problemas de saúde como por exemplo algum problema cardíaco grave ou se ela tomar alguma medicação como um anticoagulante (substância que “grosseiramente” falando deixa o sangue mais fino) para ela paciente é mais seguro, em determinados momentos, fazer uma anestesia geral. A gente precisa tirar esse mito de que a anestesia geral é perigosa, a gente precisa saber, se ela se faz necessária para aquele tipo de procedimento cirúrgico e para aquele paciente em específico.

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  • É possível acordar de uma cirurgia? FATO (pode acontecer em algumas situações)

Resposta do Dr Plínio Cunha Leal: Isso é outro questionamento comum dos pacientes. Primeiramente precisamos saber qual é o tipo de anestesia que o paciente será submetido. É um bloqueio com sedação, ou seja, a gente vai fazer uma medicação para tirar a lembrança e ele perder o nível de consciência levemente ou essa sedação pode ser superficial, moderada ou profunda. Ou até mesmo ele pode ficar levemente acordado durante o procedimento como uma fratura de membro inferior que a gente faz uma raquianestesia da cirurgia para baixo ele fica sem se mexer e da cintura para cima ele pode manter os movimentos e a gente pode fazer uma sedação superficial para ele relaxar no procedimento e ele não saber o que está acontecendo no ambiente. Uma outra questão é na anestesia geral, por exemplo numa cirurgia de gastroplastia (mais conhecida como redução de estômago), o paciente precisa não lembrar, ele tem que ter analgesia (não sentir dor) e ele precisa também do relaxamento dos músculos para o cirurgião pode operar melhor e ele precisa manter a pressão e os batimentos cardíacos adequados durante o procedimento. Durante esse tipo de cirurgia, a gente tem que monitorar o nível de consciência desse indivíduo. Existem medicações hoje em dia bem seguras e existem dispositivos que a gente utiliza durante a cirurgia para a gente ver se esse paciente está dormindo ao não. Independente disso, um pequeno número de pacientes podem ter a chamada “recall”, ou seja, lembrar do que aconteceu durante a cirurgia mesmo que a gente faça todas as medicações, porém nós temos bastante segurança nas medicações que a gente utiliza e existem medicações específicas para que a gente faça uso no período perioperatório, ou seja, durante todo o momento ali do ato cirúrgico ou até mesmo antes do ato cirúrgico acontecer para evitar esses despertamentos durante a anestesia.

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É falsa informação de que apenas 10 estudantes inscritos no Enem 2021 tiraram nota máxima na prova de redação

Uma publicação sobre a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 está circulando nas redes sociais nesta semana. Trata-se de mais uma ‘Fake News’ envolvendo o principal meio de acesso ao ensino superior. A mensagem traz a quantidade oficial de estudantes que tiraram nota máxima na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021.

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‘Só 10 alunos, no Brasil inteiro, tiraram 1000 na redação do Enem. 7 são do Nordeste’, diz a publicação veiculada nas redes sociais [publicação foi feita nesta terça-feira, 15 de fevereiro].

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De acordo com a última atualização do Portal Nacional da Educação, cerca de 20 estudantes obtiveram nota mil na prova de redação. No entanto, o número oficial ainda não foi divulgado.

  • São Paulo – 01
  • Rio de Janeiro – 04
  • Pernambuco – 03
  • Bahia – 03
  • Ceará – 01
  • Minas Gerais – 05
  • Rio Grande do Norte – 01
  • Paraíba – 01
  • Rio Grande do Sul – 01
  • Goiás – 01
  • Paraná – 01
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Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ainda não atualizou o press kit com os dados consolidados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, este documento mostra a média geral de cada área do conhecimento, o número de pessoas que zeraram a prova de redação e aqueles que tiraram nota máxima na prova de redação. As notas do Enem 2021 foram disponibilizadas pelo Inep na última quarta (09), por volta das 22h.

Procurado pela equipe de reportagem, o Inep enviou a seguinte nota: ‘Os dados finais da aplicação e as médias de desempenho em cada área do conhecimento serão divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nos próximos dias‘.

Por Portal PNE

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Flávio Dino responde fake news sobre aumento na gasolina: “Criminosos”

O Governador do Maranhão, Flávio Dino (PSD), publicou em suas redes sociais comentando sobre um matéria de um blog bolsonarista onde acusa o Governo Estadual de ter aumentado o preço de combustíveis.

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Em sua resposta, Flávio Dino afirma que o Estado do Maranhão não tem o poder de fixar o preço dos combustíveis e que o imposto (ICMS) incide sobre o preço de mercado.

Nesta quarta-feira (15), um levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), aponta que houve aumento em todo o país e que nas ultimas semanas houve aumento seis vezes nos postos.

Vídeo não mostra protesto em Cuba, mas festa na Argentina após o título da Copa América

Um vídeo da comemoração na Argentina pelo título da Copa América é compartilhado nas redes sociais (veja aqui) como se mostrasse um protesto que aconteceu em Cuba no domingo (11). As imagens, entretanto, exibem o Obelisco de Buenos Aires e outdoors que aparecem na rua Cerrito, no entorno do monumento. No sábado (10), milhares de argentinos foram às ruas para comemorar a vitória da seleção local no torneio de futebol.

Postagens com contexto enganoso do vídeo reuniam ao menos 7.000 compartilhamentos no Facebook até a tarde desta terça-feira (13) e foram marcadas com o selo FALSO na ferramenta de verificação da plataforma ‌(‌saiba‌ ‌como‌ ‌funciona‌).

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Veja como está Cuba hoje!!!!! Que Deus tenha misericórdia

Diferentemente do que alegam publicações nas redes sociais, um vídeo que mostra milhares de pessoas e veículos nas ruas não foi gravado em Cuba durante uma manifestação contra o governo de Miguel Díaz-Canel. As imagens, na verdade, exibem argentinos comemorando o título da Copa América no último sábado (10).

Aos Fatos não encontrou o vídeo original por meio de busca reversa, mas indícios presentes na gravação mostram que a cena ocorreu em Buenos Aires na noite do título. É possível ver nas imagens, por exemplo, o obelisco na Praça da República iluminado com as cores da bandeira argentina, como estava na noite da comemoração. Também aparecem nas imagens os outdoors em prédios na rua Cerrito, próxima ao monumento (veja abaixo).

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Além disso, o vídeo das peças de desinformação é semelhante a outros registros da comemoração argentina gravados na mesma noite. O canal argentino Todo Notícias, por exemplo, exibiu um vídeo semelhante (veja abaixo). Outros veículos, como ÁmbitoDepor e Infobae, também publicaram registros da mesma comemoração.https://www.youtube.com/embed/UlRiXInnpN4?start=154


Antes de circular no Brasil, o vídeo com o falso contexto também foi compartilhado em língua espanhola e desmentido pelas equipes das agências AP e EFE.

CubaNo último domingo (11), foram realizados protestos em diversas cidades cubanas contra o governo do presidente Díaz-Canel, a quem responsabilizam pela crise econômica no país. Os manifestantes também reclamavam da falta de assistência médica durante a pandemia e da escassez de medicamentos.

Referências:

1. Depor (Fontes 1 e 2)
2. Google
3. YouTube
4. Ámbito
5. Infobae
6. AP
7. EFE
8. G1

Vídeo sobre ‘cartilha’ de educação sexual para crianças é antigo; livro nunca foi distribuído em escolas públicas

Circula no WhatsApp um vídeo no qual uma criança segura um livro ilustrado sobre educação sexual. Na gravação, dois adultos narradores mostram a capa e as páginas da obra, intitulada Aparelho Sexual e Cia, e afirmam que o exemplar pertencia a um senhor cujo filho teria recebido essa “cartilha” no colégio — o nome da escola não é citado em nenhum momento. Ao folhear as páginas e ler alguns trechos, os autores sugerem que isso seria uma prova para quem não acreditava que o livro existia. A gravação é acompanhada do letreiro “seja sincero… Bolsonaro estava errado?” Por WhatsApp, leitores da Lupa sugeriram que esse conteúdo fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação​:

“Encontramos um senhor que tem essa cartilha. O filho dele recebeu no colégio. Para quem achou que era mentira: é um ‘guia inusitado para crianças descoladas’ (…). Aqui ó, o menino pode gostar de outro menino, uma menina pode gostar de outra menina. Tem coisas piores ainda (…). Para quem não acredita (…), eu tive a oportunidade de ver (…)”

Conteúdo de vídeo que circula em grupos de WhatsApp

FALSO

A informação analisada pela Lupa é falsa. O livro Aparelho Sexual e Cia, mostrado no vídeo, nunca foi distribuído em escolas da rede pública do país. Por email, a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC) confirmou que nunca adquiriu esse livro para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Além disso, o vídeo é antigo. A mesma gravação já havia sido compartilhada em correntes de WhatsApp em 2018 e desmentida na época. 

Em 2018, o livro foi o centro de pelo menos duas polêmicas provocadas pelo então candidato à presidência Jair Bolsonaro (sem partido). Em 28 de agosto daquele ano, Bolsonaro mostrou um exemplar durante entrevista ao Jornal Nacional e afirmou, sem provas, que a obra era parte de um “kit gay” e que tinha sido comprado pelo MEC para ser distribuído nas escolas públicas — o que não é verdade. Bolsonaro foi desmentido na época pelo próprio MEC e pela Companhia das Letras, editora pela qual o livro foi publicado no Brasil.

Ainda em 2018, em outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que fossem suspensos os links de sites e de redes sociais com a expressão “kit gay” usados pela campanha de Bolsonaro, à época candidato pelo PSL. Depois da entrevista ao Jornal Nacional daquele ano, o político falou sobre o assunto em suas redes sociais diversas vezes e usou o tema para atacar o adversário, o então candidato à presidência Fernando Haddad (PT). Na ocasião, ele afirmava que o livro era “coisa do PT” e que a obra tinha sido distribuída quando Haddad era ministro da Educação. 

Dois anos antes de sua candidatura oficial, em janeiro de 2016, Bolsonaro já havia criado um boato envolvendo o mesmo livro. Na época, o então deputado federal pelo PP do Rio de Janeiro acusou o MEC de distribuir exemplares na rede pública, o que foi desmentido pelo ministério. Já naquele ano ele afirmava que era “o livro do PT, livro do Lula e da Dilma Rousseff.”

Kit gay 

O “kit gay” a que Bolsonaro se referia foi um nome pejorativo dado a uma cartilha produzida em 2010 pelo Escola sem Homofobia, projeto que fez parte do programa Brasil sem Homofobia. Esse programa foi criado pelo governo federal em 2004 com o propósito de combater a violência e o preconceito contra a população LGBTQIA+. A cartilha — composta por vídeos, boletins e um caderno com orientações para professores — foi  pensada especificamente para a formação de educadores e, em nenhum momento, chegou a ter previsão de distribuição para alunos. O livro Aparelho Sexual e Cia também nunca foi incluído. 

Vale pontuar que o projeto Escola Sem Homofobia sequer chegou a ser concretizado. Após pressão da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados, a então presidente Dilma Rousseff (PT) vetou a produção em maio de 2011.

Obra francesa completou 20 anos

O livro Aparelho Sexual e Cia foi publicado pela primeira vez na França, em 2001, pela autora Hélène Bruller e com ilustrações de Zep. O texto original (Le Guide du Zizi Sexuel) foi traduzido para mais de 25 países e foi publicado no Brasil pelo selo juvenil da editora Companhia das Letras, em 2007. Indicada para pré-adolescentes e adolescentes entre 11 e 15 anos, a obra é apresentada pela editora como uma alternativa original para pais e professores quando precisam conversar sobre amor e sexo com jovens. O conteúdo é ilustrado e fala sobre assuntos como as mudanças da puberdade, sexo, contracepção e infecções sexualmente transmissíveis, entre outros.

Esta‌ ‌verificação ‌foi sugerida por leitores através do WhatsApp da Lupa. Caso tenha alguma sugestão de verificação, entre em contato conosco pelo número +55 21 99193-3751.

Editado por: Chico Marés

Por Agência Lupa.