Camilo Santana e Izolda Cela sinalizam ênfase em atuação na educação básica, financiamentos estudantis, foco no currículo escolar e mais recursos para a contratação de novas tecnologias educacionais pelo setor público
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Recentemente, Camilo Santana foi anunciado como o novo ministro da educação do governo Lula e Izolda Cela foi escolhida como seu braço direito na Secretaria Nacional de Educação Básica. Para Fabrício Garcia, CEO da Qstione, plataforma focada em questões pedagógicas que envolvem processos de avaliação de estudantes, tais escolhas mostram que o foco da atuação estará na educação básica, mudando o direcionamento de governos anteriores do PT, que focaram muito fortemente no ensino superior.
Garcia menciona algumas possíveis trilhas do que está por vir: aumento nos financiamentos estudantis (FIES e PROUNI), mais atenção para educação básica – como já mencionado anteriormente –, foco no currículo escolar e acréscimo de recursos para contratação de novas tecnologias educacionais pelo setor público.
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Sobral (CE) na vitrine
O case de sucesso de de Sobral, cidade do interior do Ceará com resultados extraordinários nas avaliações nacionais da educação básica, foi um fator primordial para que Lula chancelasse tais indicações. Sobral ficou em primeiro lugar no Brasil entre municípios com mais de 50 mil habitantes (Ideb 2021), com média 8 na avaliação dos anos iniciais do ensino fundamental (primeiro ao quinto ano) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb, que avalia o conhecimento dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática).
Izolda integrou a Secretaria de Educação do Município de Sobral (CE) de 2001 a 2003 como Secretária Adjunta de Educação e, de 2004 a 2006, como Secretária da Educação, sendo uma das grandes responsáveis pelo êxito educacional no município.
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Mas, afinal, o que Sobral fez de tão diferente do resto das escolas brasileiras? “O foco principal foi na estruturação do currículo, na avaliação de estudantes e nas práticas didático-pedagógicas que pudessem garantir a aplicação do currículo escolar, além da formação continuada de professores e apoio individualizado aos educandos. Interessantemente, estes são os mesmos pilares que, nós da Qstione, pregamos para educação brasileira”, afirma Fabrício Garcia.
A Qstione surgiu justamente da observação de falhas no sistema avaliativo em universidades e da proposta de estruturação de um modelo no qual o professor fosse estimulado a elaborar processos avaliativos, seguindo boas práticas pedagógicas, com profundidade, expolorando, ao máximo, as competências dos alunos. Segundo Garcia, não basta criar bons modelos de avaliação, é preciso criar uma cultura de boas práticas examinadoras dentro das próprias instituições, agregando valor pedagógico ao corpo docente por meio do uso da tecnologia. Muitos desses preceitos foram adotados em Sobral.
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“Em tese, a presença de Izolda Cela pode ser algo muito interessante para educação básica, mas nem sempre as coisas acontecem de forma linear na política. Vamos torcer para que a educação brasileira, tão sofrida, consiga evoluir neste novo ciclo que se avizinha”, finaliza o CEO da Qstione.
Sobre a Qstione (https://www.qstione.com.br/) – idealizada por um professor em João Pessoa-PB, a Qstione nasceu em 2015 para atender as demandas pedagógicos e de avaliação de estudantes na educação básica e superior. A tecnologia de aprendizagem desenvolvida pela startup agrega valor pedagógico ao corpo docente e aos gestores educacionais, além do ganho de eficiência no planejamento e na elaboração das avaliações. Foram mais de 115 mil provas desenvolvidas por ano, com cerca de 400 mil questões construídas, impactando mais de 80 mil alunos e capacitando cerca de 7 mil professores.
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A edição de 2023 do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) aceitará inscrições de todos os estudantes que concluíram o ensino médio até o dia 31 de dezembro de 2023, fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 e não zeraram a prova de redação do Enem 2022. A primeira edição irá acontecer no final de fevereiro e, a segunda prevista para o mês de junho.
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O Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2023 oferece vagas em cursos superiores de instituições públicas (universidades federais, institutos federais e universidades estaduais). A edição do primeiro semestre irá ofertar mais de 245 mil vagas em mais de 125 universidades públicas.
Na primeira edição do Sisu 2022, o MEC ofertou 221.790 vagas, em 125 instituições públicas de ensino superior. A do segundo semestre foi ofertado 65.932 vagas em 73 instituições de ensino.
Nenhuma instituição de ensino superior do Estado de Rondônia (RO) e do Tocantins (TO) não aderiram ao Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2023 do Ministério da Educação (MEC), de acordo com o levantamento realizado pela equipe de reportagem do Portal Nacional da Educação. Nesta edição serão ofertadas aproximadamente 245.630 vagas em todo o Brasil.
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Cronograma:
data a definir – consulta das vagas;
28 de fevereiro a 03 de março – inscrições;
07 de março – resultado da Chamada Regular;
data a definir – matrícula
07 de março a data definir – manifestação da Lista de Espera;
data a definir – convocação da Lista de Espera;
O Portal Nacional da Educação realizou um levantamento com todos os dados sobre o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) 2023, o estudante poderá acessar os dados do Sisu 2023 onde terá o total de vagas, número de vagas por UF e a URL do termo de adesão de cada instituição pública de ensino superior do processo seletivo do MEC (consulte o material no final desta matéria).
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UF
Total de Vagas
Minas Gerais (MG)
27.000*
Paraíba (PB)
19.028
Bahia (BA)
16.295
Pernambuco (PE)
16.061
Rio de Janeiro (RJ)
16.000*
São Paulo (SP)
13.269
Rio Grande do Norte (RN)
13.242
Rio Grande do Sul (RS)
12.919
Paraná (PR)
11.881
Ceará (CE)
11.357
Mato Grosso (MT)
8.122
Alagoas (AL)
7.805
Goiás (GO)
6.828
Sergipe (SE)
5.856
Santa Catarina (SC)
5.791
Mato Grosso do Sul (MS)
5.473
Espírito Santo (ES)
4.784
Maranhão (MA)
4.648
Piauí (PI)
3.658
Amazonas (AM)
2.781
Pará (PA)
2.729
Acre (AC)
1.880
Amapá (AP)
1.377
Distrito Federal (DF)
1.012
Roraima (RR)
850
Rondônia (RO)
0
Tocantins (TO)
0
BRASIL
245.630
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* (número pode sofrer modificação: UFMG, Unirio, Faeterj e UFU ainda não divulgaram o balanço oficial do quantitativo de vagas ofertadas para o processo seletivo do Sisu 2023) *
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A Câmara Municipal de São Luís (CMSL) recebeu, nesta terça-feira (08), a visita dos secretários municipais de Planejamento, Simão Cirineu Dias; de Governo, Enéas Fernandes; e de Educação, Caroline Marques Salgado, para esclarecerem alguns fatos aos parlamentares sobre projetos e denúncias envolvendo setores da administração municipal.
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Durante o encontro, a secretária de Educação, Caroline Marques esclareceu que o projeto de lei que trata da contratação temporária visa suprir a demanda excepcional por profissionais do magistério público municipal, em decorrência da expansão das unidades de ensino.
“É um projeto de lei que visa suprir a demanda temporária e excepcional por profissionais do magistério público municipal, em decorrência da expansão das unidades de ensino, abertura de turmas, projetos específicos ou disciplinas experimentais, além de substituir servidores, caso não haja substituto no quadro funcional, nas hipóteses de afastamento ou licenças previstas em lei, vacância do cargo ou nomeação para cargo em comissão”, disse.
Sobre o projeto que visa instituir o Programa “Educa São Luís”, ela afirmou que a iniciativa surge com a finalidade de implantar ações que contribuam para melhoria da gestão da política educacional, fortalecimento da aprendizagem e evolução dos indicadores educacionais dos estudantes matriculados na rede pública de ensino da capital maranhense.
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“Nesse contexto, a iniciativa visa, além de cumprir as condicionalidades estabelecidas na legislação federal, implantar um programa, de caráter permanente, a fim de assegurar a continuidade dos objetivos e ações que resultem na melhoria contínua do Sistema de Ensino Municipal”, completou.
A secretária também negou que haja falta de internet, problemas com o transporte escolar, falta de contratos para locação de imóveis onde funcionam algumas escolas da rede e greve dos porteiros e/ou vigilantes das unidades de ensino.
A audiência, conduzida pelo vereador Raimundo Penha (PDT), ocorreu no plenário Simão Estácio da Silveira. Na abertura dos trabalhos, o parlamentar informou que os convidados deveriam prestar esclarecimentos sobre matérias apresentadas pelo Executivo que tramitam no Legislativo como o Projeto de Lei nº 202/2022 que institui o Programa “Educa São Luís” e o Projeto de Lei nº 208/2022 que trata sobre contratação temporária de professores por excepcional interesse público.
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O encontro foi proposto pelo vereador Álvaro Pires (PMN), por meio de requerimento de convocação, após constantes reclamações por parte de setores da sociedade ludovicense.
“Como a sociedade nos cobra alguns esclarecimentos sobre essa questão da contratação temporária de professores, precisamos esclarecer algumas coisas para que possamos informar a sociedade, pois, somos nós vereadores, que estamos sendo cobrado todo santo dia”, declarou.
Quem participou?
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Além dos presidentes das comissões temáticas da Casa, a reunião contou com a presença dos vereadores Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT); Álvaro Pires (PMN), autor do requerimento; Nato Júnior (PDT), Umbelino Júnior (PL); Thyago Freitas (DC), Karla Sarney (PSD), Rosana da Saúde (Republicanos), Marquinhos Silva (PSC) e Marcos Castro (PMN).
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Democratizar o acesso ao ensino superior. Este é objetivo do Programa Aulão do Enem realizado anualmente pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), desde 2015. O programa, voltado para o fortalecimento dos conhecimentos e habilidades das pessoas interessadas em ingressar no Ensino Superior e focado nos conteúdos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já está na sua sétima edição.
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Desde o mês de setembro mais de dez municípios já receberam a equipe de professores do Aulão do Enem que dá aula aos sábados e domingos. Os alunos recebem apostila com questões de português, matemática, química, história, geografia, biologia, física, literatura, língua estrangeira, redação e sociologia elaboradas pelos professores.
Os primeiros municípios a receber o Aulão do Enem foram Itapecuru-Mirim e Coroatá, no mês de setembro; Santa Luzia do Paruá, Presidente Dutra, Caxias e outros municípios também já receberam a ação. Neste sábado (05) e domingo (06) será a vez de São Luís e Imperatriz receberem a megarrevisão.
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Os aulões serão realizados das 8h às 12h e das 13h às 17h30, no auditório da Faculdade Anhanguera – Centro de Imperatriz, e na Real Promoções na Avenida São Luís Rei de França em São Luís (próximo ao Shopping Rio Anil).
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Na manhã desta quinta-feira (06), o Portal Nacional da Educação divulgou uma lista com os possíveis temas de redação para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2022), tanto para a edição regular e a edição digital do Enem 2022 (13 de novembro de 2022, domingo), confira a lista abaixo:
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Educação à distância e os impactos da pandemia no sistema de ensino online
O voto como ferramenta de transformação da sociedade
O abuso nos trotes universitários
A importância da empatia e da prática do voluntariado
Violência doméstica contra crianças
Desenvolvimento sustentável
Insegurança alimentar
O problema da violência nos estádios de futebol brasileiros
O movimento antivacina no Brasil: uma questão de saúde pública
A questão da valorização dos povos indígenas no Brasil
O desafio de combater o bullying no ambiente escolar
A questão dos maus-tratos aos animais pelos brasileiros
O esporte como mecanismo de inclusão social
O impacto dos influenciadores digitais na sociedade de consumo
O combate às epidemias no Brasil
O perigo da escassez da água no Brasil
Digitalização dos relacionamentos e importância da tecnologia
Condições sanitárias do Brasil
A internet e a cultura do cancelamento
Desafios do atendimento a pessoas com doenças raras
Consumo desenfreado da sociedade brasileira
Xenofobia estrutural no Brasil
Educação financeira
Saneamento Básico
Mudanças climáticas
Turismo sustentável
Sub-representação feminina na política
Caminhos para assegurar direitos maternos no mercado de trabalho
Desafios da saúde pública frente à queda de vacinação infantil
Digitalização dos relacionamentos e importância da tecnologia
Educação sexual e combate às doenças sexualmente transmissíveis;
Preservação do patrimônio histórico brasileiro;
A valorização das profissões do futuro;
Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas).
200 anos de independência do Brasil;
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ACERTOS NAS EDIÇÕES ANTERIORES DO ENEM:
O Portal Nacional da Educação acertou o tema base da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2015 a 2021 (edições tradicionais do Enem).
Para o Enem 2019, o Portal Nacional da Educação colocou o escudo do capitão américa (cinema) na contagem regressiva para o spoiler sobre o tema da redação. Na edição de 2020, a saúde metal estava fazendo parte das apostas para a redação. Na última edição, o professor Paulinho Kuririn (credenciado ao Portal Nacional da Educação) acertou o eixo temático da prova de redação (assista o vídeo oficial).
A escolha do tema da redação do Enem é bem diversificada. Deixamos uma lista sobre quais foram os assuntos propostos nas últimas edições do Exame. Veja:
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2021: “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”
2020: “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira” (tema do Enem impresso)
2020: “O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil” (tema do Enem digital)
2019: “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”
2018: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na Internet”
2017: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”
2016: “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”
2015: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”
2014: “Publicidade infantil em questão no Brasil”
2013: “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”
2012: “Movimento imigratório para o Brasil no século 21”
2011: “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”
2010: “O trabalho na construção da dignidade humana”
2009: “O indivíduo frente à ética nacional”
2008: “Como preservar a floresta Amazônica”
2007: “O desafio de se conviver com a diferença”
2006: “O poder de transformação da leitura”
2005: “O trabalho infantil na realidade brasileira”
2004: “Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação”
2003: “A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?”
2002: “O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?”
2001: “Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar interesses em conflito?”
2000: “Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?”
1999: “Cidadania e participação social”
1998: “Viver e aprender”
Por Portal PNE
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A pandemia afetou o aprendizado das crianças em ensino remoto na pré-escola, principalmente as mais pobres. A observação é de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Durham University, em estudo publicado na sexta (16), na revista Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, que mostram o quanto a interrupção das atividades presenciais nas escolas aumentou a desigualdade de aprendizagem durante o ano de 2020.
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A pesquisa, coordenada pelos pesquisadores da UFRJ e financiada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, aponta que crianças em situação de maior vulnerabilidade social, ou seja, que fazem parte de uma família com perfil socioeconômico mais baixo, aprenderam em média quase a metade (48%) do que seria esperado em aulas presenciais. Entre as crianças cujas famílias apresentavam perfil socioeconômico mais alto, o déficit foi menor. Elas aprenderam em média 75% do esperado, gerando uma diferença média de três meses de aprendizado entre os dois grupos de crianças. Outro dado significativo que a pesquisa mostra traz é que crianças que vivenciaram o segundo ano da pré-escola em 2020, a maior parte do tempo no formato remoto, aprenderam 66% em linguagem e 64% em matemática em comparação com o aprendizado das crianças em 2019.
Em 11 de março de 2020, a Covid-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Segundo dados da UNESCO, mais de 190 países suspenderam o ensino presencial nas escolas. No Brasil, a maioria das escolas públicas permaneceu fechada durante quase todo o ano letivo de 2020 e reabriu lentamente em 2021.
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Para compreender o efeito do ensino remoto no aprendizado das crianças no Brasil, os pesquisadores fizeram uma ampla comparação entre um grupo de crianças que cursou o segundo ano da pré-escola em 2019, com outro grupo da mesma etapa em 2020. Ambos os grupos estudavam nas mesmas escolas.
Foram observadas 671 crianças de 21 escolas da rede conveniada e privada na cidade do Rio de Janeiro. “Para chegar aos resultados, todas as crianças participaram de testes individuais, em dois momentos: no início e no final do ano letivo. Assim, foi nos permitido medir o aprendizado delas ao longo dos respectivos anos letivos – 2019 e 2020.”, explica o pesquisador Tiago Bartholo. Além das informações sobre o desenvolvimento infantil, questionários contextuais foram respondidos pelos responsáveis e professores das escolas.
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Segundo Bartholo, este tipo de estudo é inédito no Brasil. “Os resultados desse estudo podem ajudar na formulação de um diagnóstico que deve ser a base para a elaboração de um plano nacional de recuperação da educação. Esse plano será mais efetivo se as defasagens nas aprendizagens forem mensuradas e a ampliação das desigualdades educacionais no país for levada em conta.”, destaca o pesquisador.
A pesquisa ainda está em andamento, com os autores coletando dados para estimar os impactos da pandemia no médio prazo, equivalente ao ano letivo de 2022. “O estudo é relevante porque coletou dados para uma faixa etária que em geral é deixada de lado nos estudos educacionais. Há pouca evidência de estudos robustos produzidos na educação infantil. Além disso, a maior parte das evidências sobre os efeitos da pandemia foram produzidas em países mais desenvolvidos.”, conclui Tiago Bartholo.
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Dos 217 municípios do estado, 19% trabalham em parceria para melhoria da qualidade da educação pública e os resultados já aparecem
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O Maranhão é o estado brasileiro com o maior número de Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs). São 4 ADEs com 42 municípios unidos em ações conjuntas para melhorar os indicadores educacionais. O primeiro a ser implantado foi o ADE dos Guarás, que reúne nove municípios e serviu de inspiração para outros. Entre eles, o ADE do Alto Turi, formado por 18 municípios que pertencem à mesorregião norte e oeste do estado, divididos em 4 microrregiões: Gurupi, Pindaré, Baixo Turi e Baixada Maranhense. Na sequência, foi implantado o ADE Território dos Balaios, formado por sete municípios e, por fim, o Arranjo de Desenvolvimento da Educação da Região dos Açaizais, o ADERA, que conta com oito municípios. A história de cada um dos Arranjos foi contada em quatro e-books com o objetivo de inspirar a realização de trabalhos colaborativos entre municípios de uma mesma região em prol da melhoria da qualidade e da equidade na educação.
Ao todo, foram lançadas 13 publicações com a trajetória dos ADEs em atividade no país. O trabalho de resgate dos detalhes da implantação, do crescimento e dos planos para o futuro de cada uma das iniciativas está sendo conduzido pelo Instituto Positivo, incentivador do Regime de Colaboração – mecanismo que busca fortalecer a gestão municipal para uma educação com mais qualidade, equidade e inclusão.
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Em 2014, com a intenção de realizar formações de forma colaborativa e compartilhada para construção dos Planos Municipais de Educação (PME) foi plantada a semente do que viria a ser o ADE dos Guarás, com a participação dos municípios de Apicum Açu, Bacuri, Cedral, Central do Maranhão, Cururupu, Guimarães, Mirinzal, Porto Rico do Maranhão e Serrano do Maranhão. O Arranjo segue um modelo de governança que proporciona ao grupo mais eficiência na gestão e na divisão das responsabilidades, além de contribuir para alcançar melhorias nos índices educacionais.
O Arranjo acumula bons resultados, principalmente no que se refere ao número de matrículas na educação infantil, especial e em tempo integral, queda nos índices de abandono e reprovação, além de melhorias na qualidade da oferta. Em 2019, o ADE dos Guarás passou a integrar a Rede de Colaboração Intermunicipal em Educação, que reúne mais de 20 iniciativas, entre Arranjos e Câmaras Técnicas de Educação de Consórcios em todo Brasil. Vale destacar que, como reflexo das ações e resultados colhidos ao longo dos anos, o ADE dos Guarás serviu de inspiração a gestores de outras regiões do estado do Maranhão, o que resultou na implantação dos ADEs do Alto Turi e Território dos Balaios.
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A inspiração do ADE dos Guarás, aliada à necessidade de elevar e buscar melhores resultados dos indicadores educacionais, também uniu os municípios de Cantanhede, Chapadinha, Itapecuru-Mirim, Milagres do Maranhão, Nina Rodrigues, Pirapemas, Presidente Vargas, Primeira Cruz e Vargem Grande. Para alcançar aquilo que sozinhos era muito difícil de obter êxito, a união resultou na implantação do ADE Território dos Balaios, em setembro de 2018.
Entre as conquistas já observadas estão a melhoria no Ideb, o melhor aproveitamento no Censo Escolar e o aumento dos recursos e transferências da Educação (melhoria nos financiamentos). Este ano, foi assinado contrato com a Caixa Econômica Federal para a estruturação de Parceria Público Privada (PPP) na área da Educação Infantil. Serão contempladas 60 escolas e mais de 9 mil crianças do território, abrangendo desde a construção de novas escolas, reformas e ampliações nas unidades existentes até a gestão dos serviços administrativos e de manutenção. Essa ação visa atender aos novos objetivos estratégicos formulados pelo ADE, com vigência para 2021-2024.
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Fundado em 2019, o ADE Alto Turi é formado por 18 municípios: Amapá do Maranhão, Araguanã, Boa Vista do Gurupi, Cândido Mendes, Centro do Guilherme, Centro Novo do Maranhão, Carutapera, Godofredo Viana, Governador Nunes Freire, Governador Newton Bello, Junco do Maranhão, Luís Domingues, Maranhãozinho, Maracaçumé, Nova Olinda do Maranhão, Presidente Médici, Santa Luzia do Paruá e Zé Doca, que já realizavam ações pedagógicas de forma colaborativa, e se uniram em regime de colaboração para mudar, efetivamente, os indicadores educacionais na região.
Entre os principais resultados do ADE estão: fortalecimento do Regime de Colaboração; economicidade nas formações continuadas; monitoramento e avaliação dos Planos Municipais de Educação; formação continuada das equipes técnicas; maior eficiência na gestão; aumento de matrículas na Educação Básica; elevação do Ideb em 68% dos municípios do ADE; e diminuição das taxas de evasão, reprovação e distorção idade x série. “Quando há uma efetiva rede de colaboração e um trabalho organizado com equipes exclusivas para o ADE, os resultados são impactantes. O principal avanço que já obtivemos é a regulamentação dos municípios, como criação de sistemas municipais, conselhos atuantes e ações compartilhadas, que impactam na economicidade para todos”, destaca a líder do ADE Alto Turi, Irandecy Nadja Araújo Costa Feitoza.
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O Arranjo de Desenvolvimento da Educação da Região dos Açaizais, o ADERA, foi implantado em janeiro de 2019, porém, a história da região com a colaboração na Educação teve início em 2009 com o Arranjo da Estrada de Ferro dos Carajás (ADE EFC), que esteve ativo até 2013. O grupo reunido em 2019 para implantação do novo ADE sabia dos benefícios da retomada do Arranjo, que iniciou seu trabalho com o diferencial de ter na bagagem a experiência da colaboração, o que proporcionou avanços no processo. Fazem parte do ADERA os municípios de: Açailândia, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Cidelândia, Itinga do Maranhão, São Francisco do Brejão, Vila Nova dos Martírios e São Pedro da Água Branca.
Desde sua implantação, o Arranjo vem percebendo relevantes avanços, com destaque: a melhoria dos processos de gestão escolar e as formações para os professores do segmento de 6.º ao 9.º ano. Os Planos Municipais de Educação servem de direcionamento para as atividades do ADE, sendo hoje as metas de trabalho: a gestão pedagógica e administrativa das redes de ensino; a qualificação e valorização dos profissionais das redes de ensino; e a avaliação do rendimento escolar das redes de ensino.
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De acordo com a secretária municipal de Educação de Açailândia e coordenadora administrativa do ADERA, Karla Janys Nascimento, o Arranjo tem construído uma cultura de colaboração no território, alicerçada no intercâmbio de conhecimentos entre os profissionais que, juntos, têm buscado a solução para problemas complexos. “Fazer parte do ADERA vai além de reuniões entre municípios; é uma oportunidade para troca de saberes, experiências e fortalecimento das ações para superar os desafios educacionais dos municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes. O trabalho coletivo desenvolvido possibilita vencer obstáculos que isoladamente seria mais difícil solucionar, mas na somatória de esforços, experiências, saberes, recursos e competências encontramos caminhos mais curtos, viáveis e eficazes”, finaliza.
Cenário
Atualmente, 238 municípios brasileiros trabalham em 15 diferentes Arranjos, alcançando resultados importantes como diminuição da evasão, correção de distorção idade/série escolar, elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), formação continuada e aprimoramento da grade curricular. Este ano, dois novos ADEs foram implantados.
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“Queremos apresentar o trabalho, os desafios e as conquistas dos municípios que atuam em Regime de Colaboração por meio dos ADEs. Esses e-books podem servir de inspiração para que outras regiões implantem o Arranjo e avancem na qualidade da educação nos municípios envolvidos. Temos histórias de sucesso para mostrar, e é o que faremos”, explica a coordenadora de Produção e Disseminação de Conhecimento e Comunicação no Instituto Positivo, Maria Paula Mansur Mäder.
Os e-books dos ADEs dos Guarás, Alto Turi, Território dos Balaios e ADERA e, assim como as outras publicações dos ADEs Chapada Diamantina e Regiões, Noroeste Paulista, Granfpolis, Agreste Litoral Norte, GE5, Norte Gaúcho, CoGemfri, GE4 e Serra Catarinense podem ser acessados pelo site do Instituto Positivo.
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Com cursos e palestras, canal no YouTube atrai estudantes e profissionais da Educação, Saúde, Engenharia, Ciências Sociais, Direito e outras áreas
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O que são direitos fundamentais? A pergunta parece simples, mas poucas pessoas conseguem dizer como esses direitos são apresentados no texto da Constituição Federal de 1988 (CF88). Para ajudar a elucidar esses pontos, docente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) mantém um canal aberto e gratuito com conteúdos relacionados à CF88 no YouTube, o http://www.youtube.com/c/ACiênciadaCF88.
“A cultura geral sobre os direitos no Brasil não é cultivada. E há uma lógica de poder nisso”, alerta o professor do Departamento de Educação (DEd) da UFSCar, Vinício Carrilho Martinez, coordenador da iniciativa. “É necessário um empenho para conhecer e apresentar à população a tese de que a CF88 tem muito a oferecer em seus capítulos destinados à Saúde, Educação Pública, Meio Ambiente e Proteção aos Indígenas, equilíbrio e limitação dos poderes, buscando integrar o Estado Democrático de Direito e as obrigações do Poder Público e dos cidadãos e cidadãs”. Para o docente, “o canal A Ciência da CF88 é, desse modo, uma plataforma propriamente acadêmica, com forte vínculo institucional, em que as falas e os debates visam sempre à divulgação do conhecimento científico – mas de forma a não vulgarizar o conteúdo”.
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Atualmente, o canal conta com mais de 1.200 inscritos, com um público muito variado, de estudantes a profissionais liberais, da área da Saúde, Educação, Engenharia, Ciências Sociais, Direito, entre outras. As ofertas dos cursos não têm uma periodicidade fixa, mas todas as formações ficam com acesso permanente, aberto e gratuito. Além da Constituição, o canal A Ciência da CF88 no YouTube apresenta conteúdos sobre Ciência, Conhecimento, massa crítica, uma disciplina chamada “O que é a Ciência, afinal?”, um curso de formação de monitorias e, agora, o Curso Educação em Direitos Humanos – que está em andamento e pode ser acompanhado por qualquer pessoa interessada no tema.
Conteúdos
Além dos cursos sobre a Constituição, o canal apresenta conteúdos relacionados às disciplinas ministradas no âmbito da graduação e pós-graduação pelo professor Vinício Martinez na UFSCar: “Educação, Estado e Poder”; “Educação e Sociedade”; “Sociedade de Controle”; “Estudos Avançados em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS)”, entre outras. “A partir de setembro haverá outra disciplina – ‘Aspectos éticos, políticos e jurídicos do acesso à informação’ – com duas ou três aulas no modo remoto e que também irá para o canal”, conta o docente.
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Todo o trabalho para manter o canal é voluntário. “Ao longo de quase dois anos dessa experiência – com um ano praticamente mergulhados no isolamento social, foi construída uma rede de colaboradores e expositores de inúmeras áreas do conhecimento: da Ciência Política ao Direito, entre ativistas sociais, cientistas, educadores e magistrados, docentes e estudantes, da UFSCar e do exterior”, relata Martinez.
O curso de extensão “Educação em Direitos Humanos”, que está em andamento no canal e é organizado pela UFSCar, tem duração de 10 semanas e ocorre em encontros às quintas-feiras, a partir das 14 horas. A formação contabilizou, em sua primeira aula, no último dia 28 de julho, mais de 1.100 visualizações. Atualmente, há mais de 1.300 pessoas inscritas nesse curso.
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História
O professor Vinício Martinez conta que a ideia de abordar a Constituição começou em 2018, quando “tivemos um curso presencial celebrando os 30 anos da CF88, no Anfiteatro Florestan Fernandes, na Universidade – organizado com a colaboração de professores do Departamento de Educação”. O objetivo do curso era o entendimento de que o primeiro contato com o texto da Constituição Federal de 1988, através de leituras comentadas sobre cada artigo, permitiria observar como são garantidos os Direitos indicados, os Deveres e a própria perspectiva da Democracia, que se desdobra em todos os Direitos Fundamentais; bem como transformar as principais críticas do senso comum em aprendizagem constitucional, ética: uma crítica da crítica.
“Desde então mantive a ideia de retomar a CF88, em outro formato. Isso só foi possível em 2020, em conjunto com outras pessoas. Também foi quando percebi que não havia nenhum curso igual, lendo e debatendo a Constituição inteira: tem um ineditismo no trabalho. E o mais interessante é que tivemos o envolvimento de juristas, professores, estudantes, militantes, líderes sociais, pesquisadoras, cientistas. Inclusive, trouxemos duas crianças para falarem sobre a infância”, completa Martinez.
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Durante a pandemia, em 2020, o curso foi elaborado para ser transmitido virtualmente. Foi aí que nasceu o canal do Youtube. A primeira edição em formato remoto aconteceu em 2021, com mais de 30 encontros, duas vezes por semana. “O curso sobre a Constituição foi muito abrangente, destinou-se a um público leigo e especializado; tivemos participações do exterior – enquanto estudantes ou palestrantes. Foram cerca de 800 inscrições”, lembra o coordenador da iniciativa.
Como resultado desse esforço, a iniciativa recebeu uma menção honrosa da Câmara Municipal de São Carlos, pelo trabalho disponibilizado à população, com o oferecimento de um conhecimento aprofundado da CF88.
Todos os conteúdos do canal A Ciência da CF88 podem ser acessados gratuitamente no YouTube, em www.youtube.com/c/ACiênciadaCF88.
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As desigualdades na oferta de reforço também se expressam nas regiões do Brasil: no Sul, o percentual de estudantes cujas escolas dão aula de reforço é de 53%, enquanto no Nordeste esse número cai para 28%
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Após um longo período de suspensão das atividades escolares presenciais devido à pandemia do Coronavírus, o Brasil vive o enorme desafio de recompor a aprendizagem na educação básica. 91% dos estudantes da rede pública voltaram às aulas de forma totalmente presencial no primeiro semestre de 2022 e 94% estão matriculados em escolas que estão promovendo algum tipo de ação para enfrentamento das lacunas deixadas pela pandemia. Cerca de 8 em cada 10 estudantes têm a possibilidade de participar de atividades que favorecem um bom relacionamento entre os colegas, como jogos, brincadeiras ou saraus. No entanto, apoio psicológico (40%) e aulas de reforço (39%) são oferecidos para menos da metade dos estudantes, com fortes desigualdades regionais – no Sul, o percentual de estudantes cujas escolas dão aula de reforço é de 53%, enquanto no Nordeste esse número cai para 28%. Os dados são da pesquisa “Educação na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, realizada pelo Datafolha, que entrevistou 1.308 pais e/ou responsáveis por 1.869 estudantes, a pedido do Itaú Social, da Fundação Lemann e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Entre os estudantes que participam de ações de apoio psicológico ou de reforço escolar, a avaliação dos pais e responsáveis é que ambas atividades contribuem muito para os alunos (74% e 70%, respectivamente). Vale destacar que, segundo os responsáveis, cerca de 34% dos estudantes estão tendo dificuldades para controlar as suas emoções – número que sobe para 40% no Ensino Médio. Além disso, 24% dos alunos estão se sentindo sobrecarregados e 18% estão tristes ou deprimidos.
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A etapa qualitativa da pesquisa, realizada pela Conhecimento Social, mostra que não há oferta padronizada e sistematizada de ações de enfrentamento aos desafios impostos pela pandemia. O apoio psicológico é oferecido pelas escolas, segundo as famílias ouvidas, em casos pontuais. “Na minha escola, eles identificam se um aluno está dando muito trabalho, chamam os pais, marcam a psicóloga e os pais levam. Não é para todo mundo; só quando a escola identifica que está precisando muito”, revelou uma das mães participantes dos grupos de discussão.
De acordo com os responsáveis ouvidos pelo Datafolha, 21% dos estudantes podem desistir da escola – percentual que atinge 28% entre adolescentes matriculados no Ensino Médio. A perda pelo interesse nos estudos é o principal motivo para esta preocupação (32%), sobretudo nos anos finais do Ensino Fundamental (37%). Outro destaque é que a falta de acolhimento, como razão para a preocupação dos pais com abandono e evasão, subiu entre dezembro de 2021 e maio de 2022, saindo de 15% para 23%.
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“Essa nova rodada da pesquisa com pais e responsáveis mostra que a reabertura das escolas foi essencial para quebrar uma tendência crescente de desmotivação e desalento dos alunos com os estudos. Apesar disso, os desafios pela frente ainda são enormes: ainda não estamos fazendo o suficiente para garantir a saúde mental dos estudantes e o seu engajamento com as aulas, que são condições necessárias para que eles recuperem as perdas de aprendizado da pandemia e progridam na sua trajetória escolar”, analisa Daniel De Bonis, diretor de Conhecimento, Dados e Pesquisa da Fundação Lemann. As aulas de reforço são ainda mais valorizadas pelos pais e responsáveis de crianças e adolescentes negros (74%) e para os de família com renda mensal de até um salário mínimo (75%) – esses percentuais caem para 63% entre estudantes brancos e 52% dos de famílias com renda mensal de mais de cinco salários mínimos.
Segundo Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social, “o retorno às aulas presenciais por si só foi muito positivo para a educação das crianças e adolescentes, porém, não basta. As próprias famílias, em outra edição dessa pesquisa, consideraram as aulas de reforço prioridade e hoje vemos que menos da metade tem acesso. É necessário desenvolver estratégias para que todos os estudantes permaneçam na escola e se desenvolvam plenamente. As redes de ensino estão sendo eficientes na busca ativa, haja visto que 74% dos responsáveis afirmaram que a escola está entrando em contato com as famílias quando um estudante falta. Porém, considerando que 21% dos estudantes podem desistir das aulas e alunos negros correm maior risco (22% em comparação com 17% dos brancos), as escolas precisam de todo o apoio para implementar estratégias de acolhimento, recuperação de aprendizagem e suporte psicológico”.
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Uma estratégia para combater a evasão é o oferecimento de auxílios ou bolsas vinculadas à presença ou à participação do aluno nas atividades escolares. Segundo a pesquisa, essa estratégia é utilizada com 14% das famílias de estudantes da rede pública.
Outro dado relevante é que, segundo as famílias, 24% dos estudantes realizam atividades extracurriculares fora do ambiente escolar para ajudar no seu desenvolvimento e nos desafios da retomada. Destes, 14% realizam atividades gratuitas. Entre os alunos que não têm atividade extra, a maioria (63%) gostaria de ter. A boa notícia é que 7 em cada 10 estudantes estão em escolas que fazem avaliações para conhecer suas dificuldades de aprendizagem e 67% dos pais e responsáveis avaliam como ótima ou boa a educação que seus filhos recebem atualmente na rede pública. Esse percentual varia entre as regiões do país, sendo de 81% na região Sul e 68% no Nordeste.
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Dados por ciclo
Nos últimos dois anos, apenas 6% dos estudantes em fase de alfabetização realizaram a maior parte das atividades escolares de maneira presencial. A maior parte dos estudantes realizaram atividades remotas, sendo estas impressas e pela internet (37%) ou somente impressas (34%). Na opinião dos responsáveis, realizar as atividades de maneira remota prejudicou muito cerca de metade dos alunos nesta etapa (47%). Segundo as famílias, o prejuízo foi maior para aqueles com renda familiar de até um salário mínimo (50%).
Aproximadamente 1 em cada 4 (39%) alunos matriculados nos anos iniciais do Fundamental está avançando com dificuldades no processo de alfabetização e 6% não estão avançando. Esses números são piores na região Nordeste em ambos cenários (49% e 11%, respectivamente). “Crianças que estão no processo de alfabetização foram muito prejudicadas e devem receber apoio e atenção especial, sob risco de não conseguirem evoluir no restante dos ciclos escolares”, explica Daniel de Bonis.
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Já nos anos finais do Fundamental, cerca de metade dos estudantes (47%) tem alguma dificuldade em ter vários professores. O aumento da complexidade dos exercícios matemáticos e dos textos mais longos para leitura também são mudanças vistas com alguma dificuldade para 73% e 56% dos alunos, respectivamente.
Esses desafios são antigos, mas foram agravados pela pandemia: na opinião dos responsáveis, 16% dos estudantes nesta etapa apresentaram dificuldades em relação ao comportamento após o período de retomada presencial da escola. O número é maior para os meninos (19%, contra 13% para as meninas). “Os anos finais sempre foram uma etapa desafiadora, no Brasil e no mundo. É quando os estudantes enfrentam grandes mudanças físicas, emocionais e comportamentais típicas da transição entre a infância e a adolescência. Por isso, é urgente que as políticas públicas priorizem educação integral, revejam a contratação e o volume do trabalho dos professores, busquem maior protagonismo dos estudantes e oportunizem a implementação de projetos que realmente os engajem, visando melhorar os índices de aprendizagem e permanência desse público”, considera Angela Dannemann.
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No Ensino Médio, a pandemia se soma a uma mudança significativa na rotina dos alunos, com a implementação no Novo Ensino Médio a partir deste ano. Cerca de 58% dos responsáveis ouviram falar das mudanças, mas o índice fica acima da média entre os mais escolarizados (81%) e de maior renda familiar mensal (79%). Portanto, ainda falta levar mais informações sobre a reforma do ciclo para 42% das famílias.
Não há padrão nos protocolos sanitários
A pesquisa Datafolha mostrou que as famílias de 22% dos estudantes declararam não saber responder quais são as atitudes da escola quando há a identificação de casos de Covid-19. Cerca de um terço dos responsáveis (31%) declarou que as aulas são interrompidas quando são identificados casos da doença, sendo que esse número é maior entre famílias de estudantes matriculados em escolas de baixo nível socioeconômico (46%)
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A etapa qualitativa da pesquisa apontou que os protocolos sanitários dentro das instituições de ensino não são padronizados, a exemplo do uso obrigatório ou não de máscara e a disponibilização de álcool em gel. “A máscara foi liberada, aqui só usa se quiser. Mas o álcool em gel para todos os lados se encontra sim”, disse um dos responsáveis por alunos do Ensino Médio, enquanto outro falava “aqui desde o início permanece a máscara, mas não sei se tem álcool em gel em todo lugar. O aluno é que leva”.
Sobre a pesquisa
Esta foi a 9ª rodada das pesquisas Datafolha que vêm sendo realizadas a pedido de Itaú Social, Fundação Lemann e BID desde maio de 2020. É a primeira da série após o retorno das atividades presenciais em quase todas as escolas públicas do país.A pesquisa ouviu 1.308 pais e responsáveis por 1.869 estudantes. As entrevistas foram realizadas por telefone mediante aplicação de questionário estruturado, com cerca de 30 minutos de duração. O período de coleta de dados foi entre 06 e 27 de maio de 2022.
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A etapa qualitativa foi realizada pela Conhecimento Social, por meio de três grupos de discussão online, com moradores das cinco regiões do Brasil. Os grupos foram feitos entre 20 e 22 de junho de 2022.
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Quase duas semanas para terminar o mês de julho, o Ministério da Educação (MEC) ainda não publicou os editais do segundo semestre de 2022 do Programa Universidade Para Todos (ProUni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
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Em uma previsão publicada no dia 15 de junho na página oficial do Ministério, o MEC informou que as inscrições do Prouni do segundo semestre de 2022 estão previstas para o final do mês de julho, a portaria foi publicado no próprio Diário.
O Portal Nacional da Educação também questionou sobre o calendário para os estudantes que obtiveram o seu contrato do Fies prorrogado para 2022/2.
Até o presente momento, o prazo de adesão e retificação do termo de adesão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) já foi concluído. Já para o ProUni, o prazo de retificação do termo de adesão termina na próxima segunda-feira (18 de julho).
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Procurado pela equipe de reportagem, o Ministério da Educação, a Secretaria de Educação Superior e a Diretoria de Políticas e Programas de Educação Superior do MEC ainda não se manifestaram sobre a divulgação do edital da segunda edição.
Por Portal PNE
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