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Acontece entre os dias 2 e 9 de setembro, o I Debate sobre a Proteção da Amazônia, Clima, Povos Originários e Quilombolas realizado pelo Coletivo Amazônia Negra Maranhense, Projeto Viva Quilombo na Liberdade, Casa das Pretas e Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis. O evento faz alusão ao Dia da Amazônia, realizado em setembro (5). O Projeto Viva Quilombo na Liberdade e o Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis no Centro, sediarão o evento. A programação acontecerá das 9h às 11h no sábado (2) e 9h às 19h no segundo sábado (9).

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“O evento nos leva a mobilização de esforços, rodas de conversas, fortalecimentos das lutas na Amazônia maranhense que se compõe nos territórios quilombolas, nas comunidades negras, nas favelas. São vários olhares, instituições, saberes, viver socioambiental e cultural nessa semana que inicia dia 02 e que finalizamos dia 09, com música, cantos e cultura negra”, reforça a coordenadora de formação da Rede de Mulheres das Marés e das Águas dos Manguezais Amazônicos do Maranhão e Piauí e participante do Coletivo Amazônia Negra Maranhense, Katia Barros.

Através de debates, show com artistas locais, manifestações culturais e coleta de assinaturas, o debate irá propor discussões sobre a importância da preservação da floresta amazônica no contexto do Maranhão e da necessidade de visibilizar a presença de povos originários, comunidade negra e quilombolas no diálogo sobre o bioma.

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“Somos nós mulheres e a juventude preta periférica que mais sofremos com as mudanças climáticas, mas ainda assim somos invisibilizadas. A gente precisa se movimentar para trazer métodos, projetos que amenizem as injustiças climáticas. Precisamos cada dia mais se reunir e mostrar que a gente também faz parte da Amazônia”, lembrou a fundadora do Coletivo de Mulheres Negras da Periferia, Jú do Coroadinho.

Pela manhã (2), será realizada uma oficina sobre Mudanças Climáticas e Racismo Ambiental com o Projeto Viva Quilombo na Liberdade. No dia 09, das 09h às 11h o “Festival Solar Amazônia Negra” realizará uma oficina sobre Conflitos Agrários, Mudanças Climáticas e Racismo Ambiental na Amazônia Maranhense, no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis.

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“Estamos muito felizes em realizar esse evento, fruto, claro, de muitas discussões e fortalecimento de nossos iguais. Entender o Maranhão como um cenário que está inserido na Amazônia e que precisamos dialogar sobre racismo ambiental, povos tradicionais, quilombos e comunidades negras é imprescindível. O Quilombo da Liberdade faz parte desse movimento integrado. Esse é um dos resultados que estamos cumprindo, temos muitos outros vindo pela frente”, antecipa a Colaboradora do projeto Viva Quilombo, Elisandra Cantanhede Ribeiro.

O último dia (9), pela manhã, encerra com debates sobre Diálogos Favelas Amazônicas, no Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis e a noite, com o “Show Vozes da Amazônia” apresentado pelo Tambor de Crioula Filhas de São Benedito, Gisele Padilha e as Caixeiras do Divino Espírito Santo da Família Menezes.

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A ideia de construir um espaço de diálogo sobre a Amazônia negra Maranhense surgiu a partir do “Diálogos Amazônicos” que aconteceu no início do mês (4), em Belém – PA, com vista a antecipar a cúpula da Amazônia; evento que reuniu chefes de estado da região. Foi por meio da imersão no evento que surgiu a inquietação de tornar a discussão sobre racismo ambiental, povos originários, comunidade negra e quilombolas mais presente no debate público.

A partir disso, os coletivos se uniram para realizar atividades que pudessem fomentar os diálogos no cenário do Maranhão e, na ocasião, colher assinaturas para o “Amazônia de Pé”; movimento que está mobilizando todo o Brasil pela proteção da floresta e seus povos. Com esse intuito, cerca de 1 milhão e meio de assinaturas estão sendo coletadas para que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP) seja votado no Congresso Nacional.

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