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No projeto do artista e pesquisador maranhense Régis Oliveira, performer e público interagem no mesmo ambiente virtual. A atuação mescla o seu avatar com um autorretrato em 3D. Um híbrido do corpo do artista e sua representação digital, entrelaçando tecnologia e tradição. Os interessados devem reservar seus ingressos para percorrer os quatro santuários digitais da ação, que acontece na plataforma do metaverso Spatial

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O Itaú Cultural realiza nos dias 25 de agosto e 1, 8, 15, 22 e 29 de setembro (sempre às sextas-feiras e às 19h), a performance O Peregrino Digital, do artista e pesquisador maranhense Régis Oliveira. Apresentado na plataforma do metaverso Spatial, o projeto foi um dos quatro contemplados pelo chamamento realizado pelo Itaú Cultural entre julho e agosto do ano passado, voltado a ações de arte e cultura a serem realizadas naquele ambiente.

Para assistir às apresentações, que são gratuitas, o público deve fazer sua inscrição em https://www.even3.com.br/o-peregrino-digital-performance-no-metaverso-369106/.

O Peregrino Digital deriva do doutorado de Oliveira, realizado na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, em Portugal, entre 2018 e 2022. Ele segue a proposta de explorar o metaverso como território para a prática da performance. Na primeira apresentação, ainda em terras portuguesas, o público participou presencialmente da performance, interagindo por meio de um aplicativo. Agora, performer e plateia se encontram juntos no ambiente virtual, corporificados digitalmente por seus avatares.

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Nesse novo formato da narrativa virtual performática, o artista se transforma em um híbrido do próprio corpo e seu avatar. A partir disso, tecnologia e tradição se entrelaçam em um percurso conduzido por Oliveira, no qual o público passa por quatro santuários digitais com referências a sua trajetória e aos elementos universais.

“Essa performance, assim como trabalhos meus anteriores, tem uma carga autorreferencial forte: um autorretrato meu em 3D e símbolos da tradição popular maranhense, como o personagem caxumba, que integra os grupos de bumba-meu-boi – e imagens de orixás”, explica o artista. “Já os quatro santuários que são percorridos têm como base os elementos terra, água, fogo e ar, representados por imagens como casas de pau-a-pique, águas sagradas, fogueiras de São João e elementos que remetem à leveza, como caixas de vidro”, diz.

A proposta da obra é investigar como a performance artística pode explorar o metaverso. Nesse contexto, traz um olhar especial sobre o conceito de presença, sobre a relação entre o performer e o público por meio dos avatares, a sua corporeidade e expressividade, e a construção do espaço performativo no ambiente virtual.

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O estudo iniciado em Portugal segue vivo. A série de apresentações servirá como base para uma pesquisa de Oliveira sobre performances no metaverso, que no futuro integrará em artigo científico escrito por ele.

Sobre o artista

Régis Oliveira é artista visual e docente de artes visuais no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA). É especialista em arte e processos de criação pelo Sesc Maranhão, mestre em artes pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e doutor na mesma área pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (Fbaul). Integra o Grupo de Pesquisa em Tecnologia, Arte e Educação (GPTAE), desenvolvendo projetos voltados para o uso artístico e educativo das tecnologias digitais, com ênfase na realidade virtual, realidade aumentada e metaverso.

Sobre o chamamento

Entre julho e agosto de 2022, o Itaú Cultural, por meio do Observatório Itaú Cultural, abriu inscrições para projetos de arte e cultura a serem realizados no metaverso. O objetivo era apoiar e fomentar a expansão de espaços de criação artístico-cultural, mapear os trabalhos nesse campo e ampliar as discussões e reflexões sobre o tema.

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O chamamento foi direcionado a desenvolvedores, artistas, pesquisadores e produtores. Foram contemplados quatro projetos, vindos de diferentes estados: além de O Peregrino Digital, do Maranhão, integram a seleção Deeper, do Olhares Instituto Cultural, de São Paulo; Palavralada, de Arthur Moura Campos, de Goiás; e Yura Xina – Centro do Conhecimento Yawanawa, da acreana Associação Cultural Yawanawa.

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