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Nos últimos dias, os maranhenses têm assistido a uma atuação governamental que só se move mediante pressão popular. O Governo do Maranhão, liderado pelo governador Carlos Brandão, só tomou medidas para revitalizar o Centro Histórico de São Luís após intensa cobrança nas redes sociais.

A ausência das tradicionais bandeirinhas de São João, que enfeitam o Centro Histórico, e a falta de programação cultural haviam gerado críticas intensas. As bandeirinhas, além de colorir o cenário histórico, atraem turistas, aumentam o movimento comercial e despertam admiração pelos casarões coloniais. A reação tardia do governo, após muita pressão e críticas, revela um padrão de gestão que age somente sob coação.

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Em resposta às críticas, o governador anunciou atrações para o período de São João, buscando preencher o vazio cultural na região do Reviver. A programação, marcada para o Canto da Cultura, na esquina da Rua Portugal com Rua da Estrela, incluirá apresentações de 20 a 23 de junho, sempre a partir das 17h30. Entre os destaques, estão os grupos Tambor de Crioula Vitória de São Benedito da Vila Bacanga, Forró Pé de Serra Vânia Coelho e Boi de Leonardo (Z).

Embora o cronograma ofereça apenas três dias de eventos, a medida é vista como um paliativo para a insatisfação popular. Além disso, Brandão anunciou que as bandeirinhas permanecerão no Centro Histórico por mais 60 dias, uma tentativa de compensar o atraso, que segundo o deputado Othelino Neto, foi causado por problemas com o fornecedor desde o São João do ano passado.

A crítica permanece: tanto a programação cultural quanto a instalação das bandeirinhas deveriam ter sido organizadas com antecedência. Estamos em meados de junho e apenas agora o governo age, mais por conta da repercussão negativa nas redes sociais do que por planejamento proativo.

O episódio evidencia um governo que reage apenas sob pressão, deixando claro que a cultura e o patrimônio de São Luís merecem mais respeito e planejamento. Os maranhenses continuam vigilantes e esperam que futuras ações sejam mais proativas e menos reativas, preservando e promovendo a rica cultura do estado de forma eficaz e respeitosa.

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