AQUI NÃO ENTRA LUZ , DE KAROL MAIA, É SELECIONADO PARA O IDFA, FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS DE AMSTERDÃ, UM DOS MAIS PRESTIGIOSOS DO MUNDO

Produzido pelo Apiário Estúdio Criativo, com coprodução da Surreal Hotel Arts, obra busca honrar e reverenciar trabalhadoras domésticas

Premiado no 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro com os troféus de Melhor Direção e o Prêmio Zózimo Bulbul (concedido por júri indicado pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro – APAN), AQUI NÃO ENTRA LUZ, de Karol Maia, chega em novembro ao IDFA, Festival Internacional de Documentários de Amestrdã, um dos mais mais importantes Festivais documentias do mundo. O longa foi selecionado para a Mostra Frontlight, que escolhe títulos que examinam criticamente a verdade e exploram artisticamente as questões urgentes do nosso tempo.

Maia celebra o momento e comenta que sonhou muito em ver o filme em um grande festival como o IDFA. “Que bonito é ter isso se realizando e mais bonito ainda é saber que um filme com uma questão tão brasileira pode fazer sentido em outros países, com outras realidades”.

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Distribuído pela Embaúba Filmes, AQUI NÃO ENTRA LUZ reforça o potencial do cinema documental para provocar reflexões e para reposicionar as trabalhadoras domésticas como protagonistas da história do Brasil e de suas próprias histórias de vida. Para além da luta por melhores condições de trabalho, o filme lança luz sobre a beleza e a alegria dessas mulheres, sobre os laços familiares que constroem e os sonhos que realizam todos os dias.

“Não é nenhuma novidade, mas as mulheres negras trabalhadoras domésticas sustentam esse país há séculos”, relata a diretora. A partir do seu olhar como cineasta, Maia revela que é importante “retratar as trabalhadoras domésticas a partir das suas subjetividades, conquistas e sonhos”.

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Confira aqui o teaser do longa.

A diretora, que iniciou o projeto em 2017 pesquisando a arquitetura das senzalas e dos quartos de empregada nos estados brasileiros que mais receberam mão de obra escravizada, contou que o filme foi se transformando junto com ela: “chegou um momento que foi inevitável não assumir que eu tinha alguma coisa a ver com essa história. Esse filme começou com um olhar mais prático e frio sobre o quarto de empregada e hoje eu entendo que é um filme sobre amor. É um filme que conta a história do Brasil e acredito que também é uma forma de honrar e reverenciar essas mulheres”, disse Maia.

A recepção calorosa do público tem ecoado na imprensa durante os Festivais. Para Maria do Rosário, da Revista de Cinema, a obra “tem o que Eduardo Coutinho sempre buscou em seus filmes: personagens que sabem narrar suas histórias. (…) Karol encontrou, com ajuda da pesquisadora Isabella Santos, quatro mulheres carismáticas, dotadas do poder da fabulação”.

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Para Eduardo Moura, da Folha de S.Paulo, “mesmo tratando de temas pesados, o filme conseguiu despertar gargalhadas na plateia em certos momentos, tamanho era o carisma das personagens”.

A crítica especializada também ressaltou a delicadeza do gesto de escuta da diretora, ao buscar conhecer profundamente as personagens que compõem o documentário. Para Bruno Carmelo, do portal Meio Amargo, “‘Aqui Não Entra Luz’ se prova um documentário tão belo e humano quanto popular”, elogiando a forma como Karol cria um espaço seguro para que as personagens falem “sem lágrimas, nem furor”, resgatando memórias de dor, mas também de potência e alegria.

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