O ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), a ONU Mulheres e o UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) divulgam nesta quarta-feira, às 15h30, os resultados de pesquisa inédita sobre os impactos da estratégia de interiorização de pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela, com análises mais detalhadas relacionadas a gênero, renda e educação.
A divulgação será feita durante entrevista coletiva virtual, transmitida pelo Twitter @ACNURBrasil. Para participar da coletiva, basta acessar este link.
Os resultados da pesquisa “Limites e desafios à integração local de refugiadas, refugiados e pessoas migrantes da Venezuela interiorizadas durante a pandemia de Covid-19” serão apresentados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que realizou o estudo por meio do seu Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR) e do IPEAD (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais), com apoio da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).
A pesquisa foi realizada a partir do Programa Conjunto LEAP – Liderança, Empoderamento, Acesso e Proteção para mulheres migrantes, solicitantes de refúgio e refugiadas no Brasil, realizado de 2019 a 2021 por ACNUR, ONU Mulheres e UNFPA, com o financiamento do Governo de Luxemburgo.
Conduzida pelo governo federal, a estratégia de interiorização busca melhores oportunidades de integração socioeconômica para pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela que buscam proteção e assistência no Brasil e que estão abrigadas pela Operação Acolhida – resposta governamental ao fluxo destas pessoas para o país. A adesão à estratégia é voluntária. Desde que foi lançada, em abril de 2018, a interiorização já transferiu cerca de 60 mil pessoas para mais de 730 municípios brasileiros nos 26 estados brasileiros e Distrito Federal.
Os resultados quantitativos da pesquisa divulgada hoje foram obtidos com a aplicação de mil questionários com pessoas interiorizadas entre março de 2020 e abril de 2021, estratificadas conforme modalidade de interiorização realizada (institucional, reunião social, reunificação familiar e vaga de emprego sinalizada), e região de destino. Para efeitos de comparação, também foram entrevistados 295 venezuelanas e venezuelanos residentes em abrigos da Operação Acolhida em Roraima.
As entrevistas foram realizadas entre junho e setembro de 2021, por telefone e com pessoas com 18 anos ou mais. Os dados coletados foram estratificados por sexo e grupo etário. O trabalho utilizou dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para fins de análise comparativa com a população pesquisada.
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