Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18, revela um crescimento significativo do eleitorado que acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve abrir mão da candidatura em 2026. O levantamento, realizado após a condenação do ex-presidente a 27 anos de prisão, aponta que 76% defendem que ele passe o bastão, um aumento de 11 pontos percentuais em relação ao mês de agosto.
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O cenário reflete uma divisão inédita dentro do próprio eleitorado bolsonarista. Pela primeira vez, a maioria dos simpatizantes de Bolsonaro (52%) ainda defende sua candidatura, mas uma fatia significativa de 46% acredita que ele deveria apoiar outro nome. Há um mês, essa relação era de 66% a 31%.
Lula consolida liderança
Em contrapartida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consolida-se como principal nome para a sucessão presidencial. O petista lidera todas as simulações de primeiro turno, com intenções de voto entre 32% e 43%, e venceria todos os potenciais adversários em possíveis cenários de segundo turno.
Na comparação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula venceria por 43% a 35%. Contra o ex-presidente Bolsonaro, a vantagem seria de 47% a 34%, embora o cenário seja considerado improvável devido à inelegibilidade do bolsonarista.
Busca por um sucessor
O estudo também investigou quem o eleitorado apontaria como sucessor natural de Bolsonaro. O próprio ex-presidente ainda é o mais citado, com 19%, mesmo percentual daqueles que desejam sua candidatura. O governador Tarcísio aparece em segundo, com 15%, seguido pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 9%, e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 5%.
No campo governista, a pesquisa mostrou que 59% dos entrevistados acreditam que o presidente Lula não deveria se candidatar à reeleição. Caso ele desista, a sucessão no campo petista aparece pulverizada, com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sendo o mais citado, porém com apenas 9%.
Medo e polarização
O sentimento de polarização permanece. Quando questionados sobre qual cenário dá mais medo, 49% dos entrevistados apontaram a volta de Bolsonaro ao poder, enquanto 41% disseram temer mais a continuidade de Lula.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.


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