Em meio a um cenário político complexo e alianças em negociação, o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), demarcou publicamente sua posição como o candidato preferencial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado. A afirmação ocorreu na quarta-feira, 10, e foi direcionada a seus principais rivais na corrida pelo Palácio dos Leões.
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Camarão utilizou suas redes sociais para postar uma fotografia ao lado do presidente e desafiou outros pré-candidatos a fazerem o mesmo. A mensagem, embora não nomeasse diretamente os adversários, tinha como alvo claro o secretário municipalista, Orleans Brandão (MDB), e o senador Eduardo Braide (PSD).
A investida do petista ocorre em um momento estratégico. Na quinta-feira, 11, Orleans Brandão compareceu, pela primeira vez como candidato oficial do MDB, a um evento do governo federal ao lado de três ministros de Lula. O secretário conta com a articulação do governador Carlos Brandão (PSB) e, apesar de ser do MDB, busca projetar uma imagem de proximidade com o Planalto, tendo recebido sinalizações de abertura de setores petistas locais.
O presidente estadual do PT, Francimar Melo, já havia confirmado publicamente a existência de conversas em nível nacional sobre um possível apoio a Eduardo Braide, que mantém diálogo com remanescentes do grupo da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e também busca espaço no campo lulista.
A movimentação de Felipe Camarão, no entanto, visa a consolidá-lo como a única opção legítima do PT no estado. A estratégia de seus aliados, ligados ao chamado “campo dinista”, é isolar o governador Carlos Brandão, classificando seu governo como alinhado à direita bolsonarista, um movimento que ganha força em meio a tensões judiciais que atingem o chefe do Executivo estadual.
A disputa pela sucessão no Maranhão se mostra aberta, com os principais pré-candidatos buscando, cada um à sua maneira, associar sua imagem à do presidente Lula, em um jogo de poder que envolve o palácio local, o Planalto e as estruturas partidárias em Brasília.


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