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Em maio, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disparou um alerta inflamado: “Se Bolsonaro for preso, o Brasil vai parar!”. Dois meses depois, a realidade mostrou o contrário. O protesto bolsonarista em Brasília neste domingo (20) mal conseguiu reunir algumas centenas de pessoas, muito longe da ameaça de paralisação nacional.

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Organizado por nomes como a senadora Damares Alves e a deputada Bia Kicis, o protesto no Eixão Sul da capital federal teve discursos agressivos contra o STF e Lula, além de saudações a Donald Trump. Mas a baixa adesão (menos de mil pessoas, segundo estimativas) expôs a perda de força de um movimento que já levou multidões às ruas (quando tinha o cartão presidencial).

O cenário contrasta com o tom épico de Nikolas Ferreira, que em vídeos e redes sociais prometia uma reação avassaladora caso Bolsonaro fosse preso. Mesmo após a PF prender aliados do ex-presidente e impor a ele uma tornozeleira eletrônica, o “Brasil parar” não passou de uma caminhada curta e pouco expressiva.

A tentativa de vincular o protesto à revogação de vistos de ministros do STF pelo governo Trump também não empolgou. A medida, mais simbólica que prática, foi celebrada pelos manifestantes, mas não mudou o fato de que Bolsonaro e seus aliados seguem encurralados pela Justiça.

Até mesmo o hino nacional e as orações finais (antes marcas de protestos gigantescos) soaram como um ritual vazio diante da realidade: o bolsonarismo já não consegue nem ocupar um quarteirão direito.

O ato reforçou que o movimento bolsonarista, sem um projeto político claro e com suas lideranças sob investigação, virou um fenômeno residual. Enquanto Nikolas Ferreira e outros prometiam “reação histórica”, a rua respondeu com desinteresse. Depois de tantas ameaças grandiosas, o bolsonarismo mostrou que não tem mais fôlego para assustar, só para fazer um pouco de barulho e ir embora cedo.

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