STF deve definir responsabilidade de redes sociais por conteúdo ilegal

A decisão do STF terá repercussão geral, ou seja, valerá para todos os tribunais do país.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na próxima quarta-feira (25) o julgamento que pode mudar as regras sobre a responsabilidade das redes sociais por publicações ilegais feitas por usuários. Até o momento, a maioria dos ministros (7 a 1) entende que as plataformas podem ser responsabilizadas civilmente se permitirem a veiculação de conteúdos criminosos, como discurso de ódio, ataques à honra ou ameaças antidemocráticas.

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O caso discute a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), que hoje protege as empresas de responsabilização civil por postagens de terceiros, exceto quando há descumprimento de ordem judicial para remoção. A decisão do STF terá repercussão geral, ou seja, valerá para todos os tribunais do país.

Os votos até agora

Os relatores, ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, votaram pela inconstitucionalidade do artigo 19, argumentando que as plataformas não podem ter imunidade total. Eles defenderam que a remoção de conteúdo ilegal possa ocorrer após notificação extrajudicial, sem necessidade de decisão prévia da Justiça.

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Outros ministros, como Luís Roberto Barroso e Flávio Dino, concordaram, mas com ressalvas para crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação), casos em que ainda seria necessária uma ordem judicial. Já Alexandre de Moraes equiparou as redes sociais a veículos de mídia, tornando-as responsáveis pelo que é publicado em suas plataformas.

O único voto contrário foi do ministro André Mendonça, para quem as plataformas não devem ser responsabilizadas pelo exercício da liberdade de expressão de seus usuários.

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Posição das redes sociais

Grandes empresas de tecnologia, como Google e Meta (controladora do Facebook e Instagram), acompanham o julgamento com preocupação. Em sustentação oral, defenderam a manutenção do Marco Civil da Internet, alegando que a remoção automática de conteúdo sem decisão judicial poderia levar à censura.

O julgamento ainda depende dos votos dos ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia. A decisão final deve estabelecer um novo marco para a moderação de conteúdo no Brasil, equilibrando liberdade de expressão e combate a crimes digitais.

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