Dados do orçamento federal de 2024 revelam que deputados maranhenses foram responsáveis por destinar pelo menos R$ 75,2 milhões em emendas de comissão a municípios administrados por familiares. As informações, tornadas públicas por decisão do STF, mostram que quatro parlamentares do estado usaram o mecanismo – conhecido como “novo orçamento secreto” – para beneficiar cidades governadas por pais, irmãos e cunhadas.
Os casos
- Amanda Gentil (PP-MA) direcionou recursos para Caxias, onde seu pai, Fábio Gentil (Republicanos), é prefeito;
- Pedro Lucas (PTB-MA) destinou verbas a Arame, município administrado por seu pai, Erivelto Araújo (PTB);
- Detinha (PL-MA) apadrinhou emendas para Zé Doca, governada por sua cunhada, Zilda Silva (PL);
- Josimar Maranhãozinho (PL-MA) também enviou recursos para Zé Doca, onde sua irmã, Francisca Marques (PL), é vice-prefeita.
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Além deles, o atual ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), aparece na lista por ter apoiado repasses a Alto Alegre do Pindaré, então comandada por seu pai, Vitor Mendes (PP). O valor empenhado foi de R$ 1,4 milhão, mas não foi pago.
O Ministério do Esporte, em nota, argumentou que Fufuca, quando deputado, agiu dentro de suas atribuições para “promover melhorias” em municípios de sua base. Já especialistas em accountability político alertam que a prática, ainda que não proibida, fere princípios de impessoalidade e pode caracterizar nepotismo indireto.
A expectativa é que o Congresso discuta medidas de transparência após a pressão do STF. Enquanto isso, o TCE-MA (Tribunal de Contas do Estado) anunciou que vai analisar a legalidade dos repasses.
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