Dados do DataSUS, coletados e analisados pela Agência Tatu, revelam que os registros de violência em instituições de ensino no Brasil atingiram o nível mais alto nos últimos dez anos. Entre 2014 e 2024, as notificações de agressões interpessoais e autoprovocadas em escolas aumentaram ano a ano, com um crescimento de 294% em todo o país.
O Nordeste, que tem a menor taxa de ocorrências por 100 mil habitantes entre as regiões brasileiras, foi o que registrou o maior salto na última década: os casos quintuplicaram. O Ceará lidera o ranking nacional, com um aumento de 943% — de 42 notificações em 2014 para 438 em 2024. O Rio Grande do Norte e Alagoas também aparecem entre os estados com maior elevação percentual, com altas de 750% e 535%, respectivamente.
✅ Seja o primeiro a ter a notícia. Clique aqui para seguir o novo canal do Cubo no WhatsApp
Em escala nacional, as notificações passaram de 3.746 para 14.747 no período. A violência física é a mais comum, mas há registros de agressões psicológicas e sexuais. O Ministério da Saúde esclarece que o termo “escola” no levantamento inclui universidades, creches e instituições públicas e privadas.
Respostas dos estados
Diante do cenário, estados como Ceará e Alagoas implementaram políticas para conter a violência nas escolas. O Conselho Estadual de Educação do Ceará aprovou uma resolução que estabelece diretrizes para educação em direitos humanos e cultura de paz, com foco no combate a discriminações. A Secretaria de Educação do estado afirmou que promove projetos como “Escola Acolhedora” e “Previne – Violência nas Escolas, Não!”, além de capacitações sobre cidadania digital e inclusão.
Em Alagoas, o programa “Coração de Estudante” realizou mais de 3,6 mil ações em 2024, incluindo palestras e rodas de conversa. O estado também prepara um protocolo contra LGBTfobia nas escolas.
Enquanto especialistas destacam a necessidade de políticas integradas, os números mostram que o desafio de garantir segurança nas escolas ainda está longe de ser superado.
Com informações da Agência Tatu.
Leia outras notícias em cubo.jor.br. Siga o Cubo no BlueSky, Instagram e Threads, também curta nossa página no Facebook e se inscreva em nossos canais, do Telegram e do Youtube. Envie informações e denúncias através do nosso e-mail.


Deixe um comentário