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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, decidiu deixar o cargo nesta terça-feira (8) após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e outros crimes supostamente cometidos durante seu mandato como deputado federal. Ele já comunicou a decisão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à cúpula do União Brasil, partido ao qual é filiado.

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A denúncia, a primeira contra um ministro do governo Lula sob a gestão do procurador-geral Paulo Gonet, foi encaminhada ao ministro Flávio Dino, relator do caso no STF. Caso a acusação seja aceita pela Primeira Turma da Corte, Juscelino Filho passará à condição de réu. A defesa do ex-ministro afirmou, em nota, que ainda não foi formalmente notificada, mas vê o processo como uma chance de “encerrar definitivamente” as suspeitas.

Em carta pública, Juscelino afirmou que deixa o governo para “proteger o projeto de país” e se dedicar à sua defesa, mas reiterou que as acusações são “infundadas”. Ele destacou ações de seu mandato, como a expansão da banda larga em escolas, a liberação de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e a implantação de fibra óptica na Amazônia.

A saída abre uma vaga no primeiro escalão, que deve permanecer com o União Brasil. Juscelino retomará seu mandato como deputado federal pelo Maranhão. O caso deve ampliar os debates sobre ética na gestão pública e pressionar a base aliada nos próximos dias.

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