Três funcionários do Mix Mateus Atacarejo, em Ubatuba, foram mantidos presos por seguranças do estabelecimento durante seis horas na tarde desta quinta-feira (20), acusados de furto. O caso, que envolve suspeitas de cárcere privado e tortura psicológica, ocorreu na unidade localizada na Estrada de Ribamar e só foi comunicado à Polícia Militar (PM) por volta das 22h.
De acordo com relatos, um dos detidos foi interceptado por seguranças próximo à região da Maioba e levado de volta à loja, onde permaneceu confinado junto com os outros dois colegas. Entre os responsáveis pela ação estavam um policial civil aposentado e um tenente reformado da PM. As vítimas tiveram seus celulares apreendidos e afirmaram ter sido pressionadas a confessar um suposto crime.
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Um dos funcionários detidos é pai de um bebê de cinco meses. As vítimas, que temem represálias, estão escondidas e ainda não recuperaram seus pertences, que seguem retidos no estabelecimento.
Histórico de denúncias
O episódio não é isolado. Na semana passada, uma cliente obteve na Justiça o reconhecimento de um caso de racismo ocorrido no estacionamento da mesma loja. Além disso, há registros de agressões e constrangimentos contra funcionários em situações semelhantes em outras unidades da rede.
O advogado das vítimas, Eduardo Cruz, informou que medidas legais serão adotadas junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), ao Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e à delegacia de São José de Ribamar.
Procurado pela reportagem, o Grupo Mateus não detalhou o ocorrido, mas afirmou que “todos os procedimentos estão sendo conduzidos pelas autoridades policiais”.
A Polícia Civil ainda não registrou o caso oficialmente, e a PM não se pronunciou sobre a demora no atendimento.
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