O relatório da Polícia Federal (PF) sobre o “inquérito do golpe” teve o sigilo retirado nesta terça-feira (26) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento detalha a atuação de 37 indiciados em uma suposta trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023.
Segundo o relatório, enviado ao STF no último dia 21, os envolvidos estavam organizados em seis núcleos, cada um com funções específicas: desde a disseminação de desinformação e incitação de militares até ações operacionais e apoio jurídico. Os grupos incluem militares, advogados, ex-ministros e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
✅ Seja o primeiro a ter a notícia. Clique aqui para seguir o novo canal do Cubo no WhatsApp
Divisão por núcleos
O material destaca seis núcleos principais:
- Núcleo de Oficiais de Alta Patente com Influência: Walter Braga Netto e Almir Garnier Santos estão entre os citados.
- Núcleo de Inteligência Paralela: Inclui Mauro Cid e Augusto Heleno.
- Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral: Envolvia Tércio Arnaud Tomaz e Fernando Cerimedo, entre outros.
- Outros núcleos focavam na incitação de militares, ações jurídicas e operacionais.
Sigilo ainda mantido em pontos cruciais
Apesar da abertura do inquérito, Moraes manteve sob sigilo a delação premiada do coronel Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, indicando que o conteúdo pode ser decisivo para novas etapas da investigação.
Papel da PGR
O relatório foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise e possível encaminhamento de denúncias. A investigação é considerada um marco no esforço para responsabilizar envolvidos em ataques ao sistema democrático brasileiro.
Leia outras notícias em cubo.jor.br. Siga o Cubo no BlueSky, Instagram e Threads, também curta nossa página no Facebook e se inscreva em nossos canais, do Telegram e do Youtube. Envie informações e denúncias através do nosso e-mail.


Deixe um comentário