A cidade de São Luís enfrenta, nesta segunda-feira, 24, o 11º dia consecutivo de greve do transporte público. O impasse entre rodoviários, empresas e a Prefeitura mantém milhares de usuários sem o serviço essencial, com a iminência de uma paralisação total do sistema.
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A interrupção, iniciada pelas empresas do grupo Expresso 1001, não tem previsão de solução. Os trabalhadores reivindicam o pagamento de salários de novembro e o cumprimento de cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.
O conflito tem como pano de fundo o atraso no repasse de subsídios da Prefeitura ao Sindicato das Empresas de Transporte. O último pagamento, referente a setembro, foi feito apenas em outubro. Desde então, não houve novas transferências, o que ameaça o pagamento da primeira parcela do 13º salário, previsto para 30 de novembro.
Enquanto a crise se aprofunda, a oposição questiona publicamente a decisão da gestão municipal de custear transporte por aplicativo em vez de resolver a questão salarial dos rodoviários.
Uma audiência pública na Câmara Municipal está marcada para esta terça-feira, 25, na tentativa de mediar o impasse. Estão convocados o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Maurício Itapary; o diretor do SET, Paulo Pires; e o presidente do sindicato dos rodoviários, Marcelo Brito.
O sindicato dos trabalhadores mantém a ameaça de deflagrar greve geral na quarta-feira, 26, caso as empresas não regularizem os pagamentos em 72 horas úteis. A Prefeitura, por sua vez, informou que aguarda autorização do Tribunal Regional do Trabalho para liberar os valores do subsídio, após ter um pedido anterior barrado na primeira instância.
Enquanto as negociações não avançam, a população continua dependendo de medidas paliativas, como as corridas gratuitas por aplicativo oferecidas pela administração municipal.


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