O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Maranhão deflagrou, na manhã desta quarta-feira, a Operação Acqua Alta. A ação cumpriu dez mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do estado, nas cidades de São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Presidente Dutra e Cantanhede.
✅ Seja o primeiro a ter a notícia. Clique aqui para seguir o novo canal do Cubo no WhatsApp
As investigações concentram-se em indícios de irregularidades na contratação da empresa Veneza Construções e Locações Eireli pela Prefeitura de Buriticupu. Segundo o Gaeco, a empresa foi contratada para executar obras que já haviam sido realizadas pela gestão municipal anterior. Há suspeitas de inexecução contratual e desvio de recursos públicos.
De acordo com as apurações, valores pagos pela prefeitura teriam sido direcionados a servidores públicos, familiares de envolvidos e para a empresa Alpha Construções e Serviços Ltda., esta última ligada ao atual prefeito de Buriticupu, João Carlos. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em mais de R$ 7 milhões. Os investigados já respondem a uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa, proposta pelo promotor de justiça titular da comarca.
A operação contou com o apoio de promotores dos núcleos do Gaeco em São Luís e Imperatriz, das Polícias Civil e Militar, e de promotorias de outras comarcas. A Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência também forneceu suporte. Os itens apreendidos serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro para embasar um possível oferecimento de denúncia.
O nome Acqua Alta faz referência ao fenômeno de inundações em Veneza, na Itália, e foi escolhido em razão do nome da empresa investigada.


Deixe um comentário