Um diálogo sonoro entre a cadência do reggae e os ritmos pulsantes de São Luís. É o que propõe o artista Adnon Soares com o álbum “Inna Brazilian Jamaica Deluxe”, lançado como a versão definitiva de um projeto que começou em 2020. A obra consolida uma trajetória musical nascida do trânsito das experiências cotidianas da capital maranhense.
✅ Seja o primeiro a ter a notícia. Clique aqui para seguir o novo canal do Cubo no WhatsApp
O disco é apresentado como uma exploração da territorialidade do gesto, expressa nos modos de ser do povo de Upaon Açu – nome indígena para a Ilha de São Luís. A produção é descrita como fruto de aproximações e afastamentos que tecem uma narrativa sobre como a cidade pulsa e se manifesta.
O projeto original foi dividido em dois momentos. O EP “Inna Brazilian Jamaica – Lado A”, de 2020, trazia uma fusão universal, com reggae em diálogo com sonoridades eletrônicas, minimalistas e lo-fi. Já o “Lado B”, lançado este ano, mergulhou nas referências maranhenses, aprofundando as raízes locais.
Foi no “Lado B” que o tambor de crioula, com sua cadência e improviso, encontrou o raggamuffin e o reggae. Essa união resultou em uma rima descrita como viva e espontânea, marcada pelas vivências na cidade. O trabalho contou com colaborações de artistas da cena ludovicense, como Gerson da Conceição, Cena Roots, Victor Cena, Marvin Dali e Núbia.
A versão “Deluxe” reúne as faixas dos dois EPs e presenteia o público com a inédita “Em todo Lugar”, em parceria com Erick End. A faixa é caracterizada como uma oração urbana que fortalece a fé cotidiana dos transeuntes da ilha.
O álbum se configura como uma celebração da tradição e do cotidiano, materializando um diálogo entre o universal e o local, entre o gesto autêntico e o experimento sonoro. Cada faixa é um registro dos encontros entre os corpos, da energia criativa do artista e da força de uma cidade que canta, dança e resiste.
“Inna Brazilian Jamaica Deluxe” está disponível em todas as plataformas digitais, prometendo uma experiência sonora que se afirma tanto global quanto profundamente maranhense.


Deixe um comentário