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Após dois meses consecutivos de queda nos preços, São Luís registrou a maior taxa de inflação entre as 16 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE em setembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na capital maranhense atingiu 1,02%, o maior patamar para um mês de setembro desde que a cidade entrou no sistema de levantamento do instituto, em 2018.

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O resultado foi mais do que o dobro da média nacional, que ficou em 0,48%. O principal motor da alta foi o grupo Habitação, que subiu 9,37% no mês, influenciado pelo reajuste de 18,62% na tarifa de energia elétrica residencial, em vigor desde o final de agosto. Sozinho, o item energia elétrica teve alta de 27,30% e foi responsável por 1,28 ponto percentual do IPCA local.

Com o desempenho de setembro, a inflação acumulada em São Luís no ano saltou de 2,60% em agosto para 3,65% em setembro, ultrapassando a média nacional, de 3,64%. Nos últimos 12 meses, o índice na capital chegou a 5,32%, permanecendo acima do teto da meta de inflação de 4,5% desde junho.

Queda nos alimentos ameniza cenário

Em contrapartida à pressão da energia, o grupo Alimentação e Bebidas registrou a quinta queda mensal consecutiva, com deflação de 1,06% em setembro. Itens como tomate (-18,47%), cebola (-7,18%) e pescados (-3,16%) contribuíram para o alívio no orçamento das famílias. O grupo Comunicação foi o único com deflação no acumulado do ano (-0,77%).

O levantamento do IBGE mostrou que, em setembro, todas as 16 regiões pesquisadas tiveram inflação, um fenômeno que não ocorria desde maio. A menor taxa foi registrada em Salvador (0,17%). A pesquisa reflete a variação média de preços para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, coletados entre o final de agosto e o final de setembro de 2025.