Em movimento interpretado nos círculos políticos como uma retaliação, o governo federal exonerou Lene Brandão do cargo de superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão. Ela ocupava o posto desde 2023 e é irmã do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União).
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A demissão é diretamente associada à postura do parlamentar, que tem votado sistematicamente contra os interesses do governo Lula e se aproximado de pautas da direita no Congresso Nacional. A exoneração ocorre em um contexto de crescente tensão entre o Planalto e parlamentares que, sem integrar formalmente a oposição, posicionam-se contra votações-chave do Executivo.
Pedro Lucas Fernandes, que chegou a ser cotado para o Ministério das Comunicações no início do ano, recusou o convite e adotou uma linha mais crítica. Recentemente, o deputado votou a favor da PEC da Blindagem e contra a Medida Provisória que aumentava impostos sobre o setor de apostas. Além disso, tem atuado na articulação da votação da MP da Anistia, reforçando seu alinhamento com a bancada de centro-direita.
Segundo avaliação de bastidores, aliados do parlamentar veem a exoneração de sua irmã como um recado político do governo àqueles que se distanciam da base de apoio. A medida é vista como um esvaziamento da influência do grupo político do deputado no Maranhão, ao mesmo tempo que consolida sua imagem como uma das vozes mais firmes da direita moderada no estado.
O Ministério da Cultura, pasta à qual o Iphan é vinculado, não se manifestou oficialmente sobre a demissão. A assessoria do deputado Pedro Lucas Fernandes também não emitiu nenhum posicionamento até o momento.


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