Um levantamento do Painel Oncológico do DataSus revela que o Maranhão registrou o segundo maior aumento percentual no número de diagnósticos de câncer de mama no país entre 2013 e 2024. O crescimento de 261,68% no período só fica atrás do vizinho Rio Grande do Norte, onde os casos aumentaram 304,94%.
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Os dados, compilados pela Agência Tatu, mostram que o Nordeste como um todo teve uma variação de 82,72% em doze anos, com 146.268 casos diagnosticados. A região é a segunda do país em incidência absoluta, atrás apenas do Sudeste.
A mudança de diretriz do Ministério da Saúde, que passou a orientar em setembro o acesso à mamografia no SUS para mulheres de 40 a 49 anos, é considerada uma medida crucial para o estado. Especialistas apontam que a detecção precoce é fundamental para melhorar as chances de cura.
A confirmação dos 40 anos como um marco etário importante veio com os dados de 2024. Eles mostram um salto nacional no número de diagnósticos a partir dessa idade. A faixa de 40 a 44 anos responde sozinha por 9% de todos os casos no país.
A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda o rastreamento a partir dos 40 anos, com base em evidências que mostram redução na mortalidade. Além da idade, fatores como hereditariedade, reposição hormonal, consumo de álcool e obesidade influenciam no risco de desenvolver a doença.
A expansão do rastreamento para toda a população brasileira na faixa etária adequada é apontada por oncologistas como um desafio que impõe custos adicionais e uma responsabilidade maior ao sistema público de saúde.
Reportagem produzida com base em dados do Painel Oncológico do DataSus, compilados pela Agência Tatu.


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