O PP concedeu um novo prazo ao ministro do Esporte, André Fufuca, para que deixe o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A data-limite, que venceria na quarta-feira (1), foi estendida até o próximo domingo (5). A informação foi confirmada por fontes partidárias à CNN Brasil.
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A decisão ocorre em meio a uma crise política aberta no início de setembro, quando PP e União Brasil, que formam uma federação partidária, anunciaram sua saída da base governista. O desligamento foi articulado pelo bloco conhecido como Centrão, que passou a defender publicamente uma candidatura de direita e a anistia para condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
A pressão sobre os ministros aumentou após o União Brasil ter dado, em 18 de setembro, um ultimato de 24 horas para a desfiliação de seus membros do governo, sob risco de sofrerem processos por infidelidade partidária. A medida da legenda foi anunciada logo depois que o nome de seu presidente, Antonio Rueda, passou a integrar investigações da Polícia Federal sobre a infiltração do PCC no setor financeiro e de combustíveis.
Enquanto o ministro do Turismo, Celso Sabino, do União Brasil, já apresentou seu pedido de demissão, ele ainda não deixou o cargo oficialmente. Ele acompanhará o presidente Lula em uma agenda oficial no Pará, seu estado de origem, nesta quinta-feira (2).
Apesar dos esforços de Fufuca e Sabino em negociar a permanência nos respectivos ministérios, as cúpulas partidárias mantêm a posição de que não há espaço para acordo. Embora exijam a saída dos titulares das pastas, PP e União Brasil continuam com filiados ocupando cargos em diversos órgãos da administração federal.


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