Um esquema criminoso de desvio de verbas públicas da saúde, com epicentro no Piauí, mostrou suas ramificações no território maranhense. Nesta terça-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Timon e Imperatriz, no Maranhão. As ações fazem parte das operações Omni e Difusão, que investigam fraudes milionárias em contratos do setor de saúde.
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As investigações apontam que o grupo utilizava uma rede de empresas com atuação interestadual para ocultar o rastro do dinheiro desviado, calculado em aproximadamente R$ 66 milhões dos cofres públicos. Em Timon, cidade que forma a região metropolitana com a capital piauiense, Teresina, os mandados foram ligados à Operação Omni, que apura superfaturamento em contratos com a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí.
Já em Imperatriz, as diligências estiveram relacionadas à Operação Difusão, que investiga irregularidades em contratos para serviços de hemodiálise. Segundo as apurações, empresas suspeitas de integrar o esquema mantinham endereços comerciais em cidades maranhenses como uma estratégia para dificultar o trabalho de fiscalização.
De acordo com as autoridades, as provas coletadas indicam que o grupo criminoso estabeleceu uma rede coordenada que atravessava as fronteiras estaduais. O método envolvia o uso de empresas fictícias e documentos falsos para lavar o dinheiro público desviado. A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores e a suspensão de contratos com o objetivo de interromper o fluxo financeiro ilícito que beneficiava investigados em múltiplos estados.
As operações representam um golpe em estruturas criminosas que se aproveitavam da fragilidade dos sistemas de saúde, comprometendo o atendimento à população tanto no Piauí quanto no Maranhão. Novas fases das investigações podem revelar mais conexões interestaduais do esquema.


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