Bancada do Maranhão vive turbulência partidária às vésperas de 2026

PEC da Blindagem e definições de alianças estaduais travam migrações de deputados e senadora

O cenário político da bancada federal do Maranhão passa por um terremoto silencioso. Pelo menos três deputados federais e uma senadora negociaram, até a semana passada, a troca de partido com vistas às eleições de 2026. No entanto, os planos estão em suspenso, travados por decisões nacionais e pela complexa formação de alianças no estado.

Os parlamentares envolvidos nas tratativas são Júnior Lourenço (PL), Eliziane Gama (PSD), Duarte Júnior (PSB) e Cléber Verde (MDB). Desse grupo, as conversas de Duarte Júnior e Júnior Lourenço eram as mais adiantadas.

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Duarte Júnior (PSB) costurava sua ida para o União Brasil com o presidente estadual da legenda, deputado Pedro Lucas Fernandes. No entanto, a recente votação da PEC da Blindagem no Congresso criou um obstáculo imprevisto, colocando a mudança em risco.

Já Júnior Lourenço planejava deixar o PL para se filiar ao MDB, com promessas de espaço no governo estadual. A motivação seria desacertos com o presidente do partido no estado, Josimar de Maranhãozinho. Agora, em busca de garantias para a reeleição, o parlamentar sinaliza que pode permanecer no PL. A situação, porém, não está resolvida. Josimar afirmou que, nas eleições de 2024, o trabalho de Lourenço se concentrou no Avante, sem eleger prefeitos pelo PL. Um acerto interno limitou a três o número de candidaturas a deputado federal com apoio total do partido, deixando Júnior Lourenço sem espaço seguro na legenda, que tem quatro representantes na Câmara.

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Decisões em São Luís influenciam o Planalto

O destino partidário da senadora Eliziane Gama (PSD) está atrelado às alianças nacionais e estaduais. Em bastidores, ela afirma ter a promessa de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que sua decisão final depende da orientação do petista. Paralelamente, sua permanência no PSD será definida pela decisão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, sobre a candidatura ao governo do estado e a composição da chapa majoritária.

A decisão de Braide é igualmente crucial para o deputado Cléber Verde (MDB), aliado do prefeito. O emedebista sabe que seu partido tem um pré-candidato ao governo, o secretário Orleans Brandão. Se Braide for candidato e Cléber Verde optar por apoiá-lo, o deputado terá que deixar o MDB até abril de 2025 para não sofrer sanções por infidelidade partidária.

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Turbulência se repete na Assembleia Legislativa

A instabilidade não se restringe ao Congresso Nacional. Na Assembleia Legislativa do Maranhão, a previsão é de que aproximadamente nove deputados estaduais deixem o PSB. A migração em massa é uma reação à decisão da direção nacional do partido de tirar o comando estadual do governador Carlos Brandão e entregá-lo à senadora Ana Paula Lobato. Os deputados devem ingressar em outra legenda da base governista.

Além disso, a deputada estadual Ana do Gás deve deixar o PCdoB para tentar a reeleição no ano que vem, ampliando o quadro de realinhamentos que redefine o mapa político maranhense.

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