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Um incidente com uma escada rolante durante a chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à sede das Nações Unidas para a abertura da Assembleia Geral, na terça-feira (23), gerou uma investigação do Serviço Secreto americano e troca de acusações entre a Casa Branca e a organização internacional. Enquanto a ONU atribui a falha a um acionamento acidental por um cinegrafista da própria comitiva presidencial, uma porta-voz de Trump sugeriu a possibilidade de sabotagem.

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O episódio foi registrado por jornalistas que acompanhavam a chegada do casal presidencial. As imagens mostram o momento em que a escada para subitamente. A primeira-dama, Melania Trump, precisou se apoiar com as duas mãos no corrimão para manter o equilíbrio. Após a parada, o presidente e ela seguiram a subida utilizando os degraus fixos da escada.

No mesmo dia, a ONU emitiu um comunicado explicando que a parada foi provavelmente causada pelo acionamento de um mecanismo de segurança localizado no topo do equipamento. De acordo com a nota, um videógrafo da Casa Branca, que subia a escada de costas para filmar a chegada de Trump, pode ter pressionado o botão de segurança inadvertidamente ao alcançar o final do percurso. A organização destacou que o dispositivo é projetado para evitar acidentes.

A explicação técnica, no entanto, não foi suficiente para a Casa Branca. Em entrevista à Fox News na terça-feira, a porta-voz Karoline Leavitt disse suspeitar de uma ação intencional. Ela citou uma reportagem do tabloide britânico The Times que teria mencionado funcionários da ONU brincando sobre desligar as escadas durante a passagem de Trump. Com base nisso, Leavitt confirmou que o Serviço Secreto abriu uma investigação para apurar as causas do ocorrido.

O presidente não deixou o assunto passar em branco. Durante seu discurso na Assembleia Geral, Trump fez uma crítica indireta à organização, afirmando: “Tudo o que recebi das Nações Unidas foi uma escada rolante que, na subida, parou bem no meio”. Ele também reclamou de problemas com o teleprompter, equipamento para a leitura do discurso, que, segundo a ONU, era de responsabilidade da equipe da Casa Branca.

Mais tarde, em uma rede social, o presidente adotou um tom mais leve, escrevendo que os imprevistos tornaram sua apresentação “ainda mais interessante” e que foi uma honra falar na ONU, “mesmo que o equipamento deles esteja um pouco falho”. O incidente, que poderia ter sido apenas uma curiosidade do protocolo, ganhou contornos políticos, refletindo a relação tensa entre a administração Trump e o organismo multilateral.