A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil do Maranhão (PCMA) deram por encerrada na sexta-feira (19) a Operação Hircus IX, considerada a maior já realizada no estado no combate a fraudes veiculares. A ação, que ocorreu em duas fases ao longo de setembro, resultou na recuperação de 324 veículos, avaliados em mais de R$ 6 milhões, e na condução de 57 pessoas para prestar esclarecimentos.
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A operação mobilizou cerca de 100 policiais de dez estados, que percorreram mais de 20 municípios maranhenses. O foco foi desarticular um esquema sofisticado de adulteração de veículos roubados ou furtados em outras unidades da Federação, que depois eram vendidos ilegalmente no Maranhão, com predominância de motocicletas.
Dos 324 veículos recuperados – entre carros, caminhonetes, um caminhão e, majoritariamente, 277 motocicletas –, 109 já foram confirmados como alvo de roubo ou furto. Os estados de origem incluem Piauí (31), Ceará (16), além do próprio Maranhão (49), indicando uma rota interestadual do crime. O caso emblemático foi a recuperação de um caminhão roubado em Balsas em julho de 2024, que circulava em Matinha com placas clonadas e toda a identificação adulterada.
De acordo com as investigações, muitos compradores foram vítimas de golpes aplicados por meio de anúncios fraudulentos na internet e em grupos de aplicativos de mensagem. Após a compra, perdiam o contato com os vendedores e não conseguiam regularizar a documentação dos veículos. A operação destacou-se por focar exclusivamente em crimes contra o patrimônio, sem retenção de veículos por questões administrativas.
Criada em 2013, a Operação Hircus, cujo nome remete ao jargão policial “cabrito” para veículos de origem ilícita, já recuperou cerca de dois mil veículos em suas nove edições realizadas em cinco estados do Nordeste e Centro-Oeste. A edição maranhense serviu também como um laboratório de troca de conhecimentos técnicos, consolidando a ação como uma referência nacional no enfrentamento a esse tipo de crime.
O trabalho de identificação e devolução dos bens aos legítimos proprietários continua sob a responsabilidade da Polícia Civil do Maranhão, que estruturou uma força-tarefa para dar celeridade aos procedimentos.


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