A bancada maranhense na Câmara dos Deputados confirmou ontem sua irrelevância estratégica e falta de unidade em uma votação que mancha a história democrática do país. A adesão de oito deputados ao projeto que anistia invasores do Palácio do Planalto revela um alinhamento vergonhoso com forças que tentaram subverter a democracia.
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A direita maranhense mostrou seu verdadeiro caráter. Lideranças como Josimar Maranhãozinho (PL) e Júnior Lourenço (Avante) escolheram apoiar vândalos que destruíram patrimônio público. Pior: fizeram isso sob o comando de partidos que ainda mantêm ligações perigosas com o extremismo. Até o União Brasil, através de Pedro Lucas Fernandes, embarcou nesse acerto espúrio.
O centrão mostrou sua face mais oportunista. A abstenção de Cleber Verde (MDB), que preferiu não se comprometer, e o voto contra de Hildo Rocha (MDB) da mesma legenda, mostram um grupo sem convicção, que joga conforme o vento momentâneo. Juscelino Filho (União Brasil) votou contra, mas sua atuação anterior já levanta dúvidas sobre suas reais intenções.
A oposição de Márcio Jerry (PCdoB) e Rubens Pereira Jr. (PT) soa como discurso vazio num contexto onde a bancada mostrou incapacidade de construir uma frente coesa. A ausência de Marcio Honaiser (PDT) na votação simboliza o desleixo com que tratam temas cruciais.
O Maranhão, que tanto sofre com a pobreza e a desigualdade, é representado por uma bancada que perde tempo com anistia a criminosos. Enquanto o estado precisa de investimentos em saúde e educação, seus deputados dedicam energia a salvar aliados políticos de consequências jurídicas.
A votação sugere um futuro sombrio: políticos que perdoam ataques à democracia hoje, estarão prontos para novos acordos espúrios amanhã. O povo maranhense merece mais que essa representação medíocre.


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