Única pré-candidata Negra e Quilombola tem espaço negado na mídia tradicional e em pesquisas no Maranhão

A ausência do nome de Antonia Cariongo, liderança quilombola e pré-candidata ao Senado pelo PSOL no Maranhão, nas matérias da grande mídia estadual revela um padrão grave de silenciamento.

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Por Guilherme Eliziario.

A ausência do nome de Antonia Cariongo, liderança quilombola e pré-candidata ao Senado pelo PSOL no Maranhão, nas matérias da grande mídia estadual revela um padrão grave de silenciamento. Não se trata de um esquecimento inocente, mas de uma decisão editorial que atende a interesses de grupos poderosos em calar uma voz que rompe barreiras históricas e desafia privilégios.

Cariongo não é uma figura desconhecida da política maranhense. Em 2022, disputando o mesmo cargo de senadora, ela conquistou a 3ª colocação, um resultado expressivo para uma candidatura popular, feita sem os recursos milionários e sem o apoio das oligarquias locais. Esse desempenho mostrou a força
de sua representatividade e o quanto seu nome ecoa nas comunidades quilombolas, entre mulheres, trabalhadores e setores marginalizados que raramente encontram espaço no Senado.

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O silêncio da mídia, portanto, revela duas feridas profundas: o racismo estrutural e a misoginia política. Negar visibilidade a uma mulher negra, quilombola, que ousa disputar poder em um espaço historicamente dominado por homens brancos, é uma forma de violência simbólica que busca negar sua legitimidade. Invisibilizar Cariongo significa, na prática, reafirmar a ideia de que mulheres negras não devem ocupar cargos de decisão.

Não citar Antonia Cariongo é muito mais do que uma omissão jornalística. É um ato político de silenciamento que tenta apagar a trajetória de luta coletiva que ela carrega. Mas cada vez que seu nome é omitido, cresce também a necessidade de denunciar esse apagamento e reafirmar sua importância. Porque calar Cariongo é calar milhares de mulheres negras e comunidades quilombolas do Maranhão, e esse silêncio não pode ser normalizado!

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