Mateus Supermercados e funcionários são condenados por tortura de cliente em São Luís

A vítima, que nega ter furtado produtos, relatou ter sido agredida verbal e fisicamente com pedaços de madeira por um vigilante, um gerente e uma funcionária.

A Justiça condenou o Mateus Supermercados e três funcionários por agressões contra Jacqueline Debora Costa de Oliveira, que alega ter sido torturada em uma sala do Mix Mateus do Araçagy, em São Luís, em julho de 2021. A vítima, que nega ter furtado produtos, relatou ter sido agredida verbal e fisicamente com pedaços de madeira por um vigilante, um gerente e uma funcionária.

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As condenações

Em processos distintos, a 1ª Vara Criminal e a 5ª Vara Cível de São Luís proferiram as sentenças entre fevereiro e abril deste ano. No âmbito cível, a rede foi condenada a pagar R$ 3 mil de indenização por danos morais. Na esfera criminal, os três funcionários receberam pena de três anos de prisão, em regime aberto:

  • Diego Costa Diniz (gerente de prevenção de perdas): acusado de coagir Jacqueline a confessar um suposto roubo e não acionar a polícia.
  • Edmara Efigênia da Silva e Silva (funcionária do setor): teria participado das agressões, incluindo golpes com um pedaço de madeira nas mãos da vítima.
  • Edmilson Santos Pereira Júnior (vigilante): apontado como autor das “ripadas” nos braços e pernas de Jacqueline.
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A vítima considerou as penas brandas e anunciou recurso. “Não teve justiça. Apanhei, fui humilhada, e o valor não cobre nem os honorários do advogado”, disse. As defesas dos réus negaram as acusações, alegando abordagem adequada e citando um suposto histórico de furtos da cliente. O Mateus Supermercados não se manifestou sobre o caso ou a situação atual dos empregados.

O relato da vítima

Jacqueline afirmou que foi ao local para comprar alimentos, mas esqueceu o cartão e saiu sem nada. No estacionamento, foi agarrada pelo segurança e levada a uma sala, onde ficou por cerca de uma hora sem que nenhum produto furtado fosse encontrado. Segundo o inquérito, ela sofreu agressões com objetos de madeira e teve o celular revistado sob alegação de integrar uma suposta quadrilha.

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“Desligaram as câmeras e começaram a tortura. Tentaram forjar que eu havia roubado garrafas de gim”, contou. A sessão de violência teria terminado com a intervenção de um policial à paisana, que questionou a conduta dos funcionários. Após ser liberada, Jacqueline registrou queixa. O Grupo Mateus, à época, afirmou ter aberto sindicância para apurar o ocorrido, ressaltando que as acusações não refletiriam seus valores.

O caso segue em tramitação judicial, com possibilidade de novos desdobramentos após os recursos.

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