Ataques ao STF e à democracia: quando a mentira vira estratégia política

Democracia se defende com provas, não com paranoia

Nos últimos dias, setores da extrema-direita têm intensificado discursos que acusam o Supremo Tribunal Federal (STF) de perseguição política, prisões arbitrárias e suposto “aparelhamento” ideológico. Em redes sociais e aplicativos de mensagens, essas alegações ganham fôlego entre bolhas que rejeitam provas, processos e instituições. Mas o que está em curso não é uma cruzada contra a direita — é a lei sendo aplicada diante de tentativas reais de desestabilizar a democracia.

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Contra as fake news: provas e não narrativas

Entre as falsas acusações, circula a ideia de que o STF teria mentido sobre a localização de investigados em processos relacionados a reuniões golpistas. A verdade, no entanto, é que os mandados judiciais se basearam em dados concretos: comunicações interceptadas com autorização da Justiça, registros de deslocamentos e depoimentos de outros investigados. Pequenas divergências entre fontes — como dados de operadoras ou faturas de cartão — não invalidam o conjunto probatório. Pelo contrário: demonstram que se trata de uma investigação robusta, com camadas técnicas complexas.

STF age com base em provas, não em ideologia

É preciso lembrar que o STF não atua com motivação política. As prisões decretadas em inquéritos sobre ataques à democracia estão amparadas por documentos, áudios, mensagens e confissões que comprovam articulações antidemocráticas. O contraditório e a ampla defesa são garantidos. Questionar o Judiciário é legítimo — desde que se faça pelos canais legais, e não pela via da desinformação.

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A mesma Corte que julgou Lula julga hoje bolsonaristas

Há uma incoerência grave em acusar o STF de parcialidade. A mesma Corte que condenou o ex-presidente Lula no caso do triplex — sentença depois anulada por falhas processuais — também investigou e puniu escândalos como o Mensalão. A diferença é que, hoje, as provas apontam crimes cometidos por apoiadores do bolsonarismo. Isso não é perseguição: é a justiça operando com base em evidências.

Não há autoritarismo de esquerda: há democracia funcionando

Comparar o atual governo a uma ditadura é um ato de má-fé política. Durante o governo anterior, vimos censura a artistas — como o caso da exposição Queermuseu e os ataques ao grupo Porta dos Fundos —, perseguição a universidades públicas, tentativas de aparelhar a Polícia Federal e até declarações de apoio ao AI-5.

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Hoje, apesar das críticas da oposição, há imprensa livre, um Congresso que impõe derrotas ao Executivo e um STF que resiste às pressões de todos os lados. Onde está o autoritarismo?

O verdadeiro risco: a mentira como ferramenta política

Chamar qualquer ação judicial contra a extrema-direita de “perseguição” é uma tática perigosa. Erros investigativos devem ser debatidos — nos autos, nos tribunais. O que não se pode aceitar é o ataque sistemático às instituições como forma de blindar projetos autoritários.

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A esquerda não precisa de um Judiciário parcial. Precisa de um Judiciário firme, técnico, comprometido com a legalidade e com os direitos fundamentais. A resposta ao autoritarismo deve ser a transparência. O antídoto para as fake news é o compromisso com os fatos.

Democracia se defende com provas, não com paranoia

Quem acredita em democracia deve rejeitar as teorias da conspiração. Não se constrói um país melhor negando evidências e atacando as instituições. A “fatocracia” — o poder dos fatos — é a base da justiça. E justiça é, por definição, para todos.

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