Professora é acusada de racismo contra aluno em escola em Bequimão

De acordo com depoimentos, a docente teria feito o comentário ao pedir silêncio na turma, reforçando uma brincadeira pejorativa que já ocorria entre os colegas.

A Polícia Civil do Maranhão abriu inquérito para investigar um suposto caso de racismo dentro de uma sala de aula em Bequimão, na baixada maranhense. Estudantes do Centro Educacional Aniceto Cantanhede, a mais antiga escola pública de ensino médio da cidade, relataram que uma professora de Geografia chamou um aluno negro de “carvãozinho” durante uma aula no dia 10 de abril.

De acordo com depoimentos, a docente teria feito o comentário ao pedir silêncio na turma, reforçando uma brincadeira pejorativa que já ocorria entre os colegas. Uma aluna contestou a fala, afirmando que se tratava de crime, ao que a professora respondeu que os estudantes poderiam denunciá-la, pois ela não estava “nem aí”.

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O aluno ofendido, morador da comunidade quilombola de Pontal, está recebendo acompanhamento psicológico. Em relato emocionado, ele disse ter se sentido profundamente angustiado e desanimado após o episódio. A avó do jovem, Maria Lúcia Pereira Diniz, contou que percebeu a mudança de comportamento do neto, que chegou em casa calado e visivelmente abalado.

O caso gerou revolta na comunidade. Dias depois, alunos e familiares protestaram em frente à escola, exigindo justiça. A Secretaria de Estado da Educação afastou a professora e anunciou a abertura de um processo administrativo para apurar os fatos. Um boletim de ocorrência foi registrado pela avó do estudante no dia 14 de abril.

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A delegacia de Bequimão conduz as investigações, e o inquérito deve ser concluído ainda esta semana. A Superintendência de Polícia Civil do Interior confirmou que a docente já foi ouvida e que o caso será encaminhado ao Judiciário após a finalização das diligências.

Moradores de Pontal, uma das 22 comunidades quilombolas reconhecidas no município, acompanham o caso com atenção. Líderes locais e representantes do movimento negro repudiaram o ocorrido e cobram punição. “Racismo não deve ser tolerado em nenhum espaço, muito menos na escola”, afirmou Juliene Pinheiro, servidora pública.

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O crime de racismo é inafiançável e imprescritível, com pena que pode chegar a cinco anos de prisão. A Secretaria de Educação afirmou que repudia qualquer forma de discriminação.

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