O criminalista Bismarck Salazar, conhecido no Médio Mearim e irmão da desembargadora Ângela Salazar, denunciou ter sido vítima de racismo em um lava-jato no bairro Bequimão, em São Luís. O caso ocorreu na última semana e foi divulgado pelo advogado em suas redes sociais.
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Segundo Salazar, ele estava lavando sua caminhonete quando foi abordado por uma mulher branca, que teria ordenado que ele colocasse o carro dela na rampa de lavagem. O advogado reagiu e afirmou ter repreendido a condutora, que estaria em um veículo de modelo inferior ao seu.
Em um vídeo publicado no Instagram, Salazar relatou o ocorrido com indignação: “Quando eu saí do carro, a mulher chegou e disse: ‘Bota meu carro ali em cima’. Eu respondi: ‘Não, eu não sou lavador de carro’. Aí eu perguntei: ‘A senhora me acha com cara de lavador de carro?’. Ela disse que não, mas justificou que, quando chega lá, ‘sempre tem uma pessoa para botar’.”
O advogado reforçou que o episódio reflete o racismo estrutural presente no país. “Não tenho mais dúvida de que vivemos em um país preconceituoso, racista, e que sempre querem colocar o negro em segundo plano”, afirmou. Ele também destacou a resistência: “O negro está ocupando o verdadeiro lugar que merece. Estamos estudando, trabalhando para sermos respeitados e jamais vamos baixar a cabeça.”
O caso repercutiu nas redes sociais, com manifestações de apoio ao advogado e críticas ao racismo velado no cotidiano. Até o momento, não há informações sobre a identificação da mulher envolvida ou se medidas legais serão tomadas.
Bismarck Salazar é uma figura reconhecida no Maranhão, tanto por sua atuação jurídica quanto por sua presença em debates sobre direitos humanos e igualdade racial. O episódio reacende a discussão sobre discriminação racial em espaços públicos e a necessidade de conscientização.
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