Josimar Maranhãozinho (PL-MA), o mesmo deputado que Jair Bolsonaro tentou expulsar do partido por envolvimento em escândalo de corrupção, foi o responsável por viabilizar a urgência do projeto de anistia na Câmara. Sua assinatura – a 256ª de 257 necessárias – selou a vitória da oposição, em uma ironia política que expõe as contradições do PL.
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O ex-presidente já havia exigido publicamente a expulsão de Maranhãozinho em 2023, chamando-o de “marginal” após a PGR denunciá-lo por desvio de milhões em emendas parlamentares. “Não tem clima no nosso partido para quem defende corruptos”, atacou Bolsonaro na época. Mas, contra a vontade do líder do bolsonarismo, Valdemar Costa Neto manteve o deputado no PL – e agora colhe os frutos dessa decisão.
A adesão de Maranhãozinho foi decisiva porque, até o último momento, faltavam justamente as assinaturas de rebeldes do próprio PL. Enquanto a cúpula do partido pressionava pela aprovação, eram aliados de Bolsonaro – como o maranhense – que seguravam o processo. No fim, quem garantiu a vitória da oposição foi justamente o político que o ex-presidente chamou de “vergonha para o partido”.
Maranhãozinho, que já havia desafiado o PL em votações como a do Carf e da reforma tributária, não explicou seu súbito alinhamento. Mas sua assinatura, dada após articulação direta de Valdemar, mostra que, na prática, o PL obedece mais ao presidente do partido do que a Bolsonaro – e que, para a oposição, tanto faz: o importante é que, no momento crucial, até um deputado rejeitado pelo ex-presidente serviu como peça-chave.
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