O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu superar a marca de 50 mil pessoas em seu ato pró-anistia realizado neste domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação, que pretendia demonstrar força política, acabou revelando mais um fracasso de mobilização do líder de direita na cidade mais populosa do país.
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Segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap em parceria com a ONG More in Common, o evento reuniu cerca de 44,9 mil pessoas no momento de pico – número modesto para um político que já comandou multidões na mesma região. A contagem foi feita com imagens de drones e inteligência artificial, metodologia que havia registrado apenas 18,3 mil participantes em ato semelhante no Rio de Janeiro três semanas antes.
A baixa adesão contrasta com os grandes comícios de Bolsonaro no passado, quando chegou a atrair centenas de milhares de apoiadores. Desta vez, mesmo com a defesa da anistia a envolvidos nos ataques de 8 de janeiro – bandeira central do evento –, o ex-presidente não conseguiu reacender o mesmo fervor entre sua base.
O resultado reflete o desgaste da imagem do ex-presidente, que enfrenta investigações judiciais e perdeu espaço no cenário político após sua derrota para Lula em 2022. O discurso de vitimização e a pauta da anistia não foram suficientes para reverter a queda de relevância dele.
Enquanto isso, movimentos aliados tentam minimizar o significado do número. Mas, para além do discurso, os dados mostram que o poder de convocação de Bolsonaro está em declínio – e a Paulista, outrora palco de suas grandes mobilizações, agora testemunha sua dificuldade em repetir o feito.
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