O Partido Liberal (PL) estuda a possibilidade de lançar Débora Rodrigues, uma das envolvidas nos atos de 8 de Janeiro de 2023, como candidata nas eleições de 2026. A cabeleireira de 39 anos foi presa por Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Associação Criminosa Armada, Dano Qualificado, Deterioração do Patrimônio Tombado, e ficou conhecida por pichar a estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), com a frase “perdeu, mané”, referência a uma declaração do então presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.
Na noite de sexta-feira (28.mar), Débora foi transferida para o regime domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. O pedido havia sido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceito pelo tribunal. Ela segue proibida de receber visitas, exceto de seus advogados.
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PL confirma interesse na filiação
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), confirmou ao Poder360 que o partido avalia filiar Débora Rodrigues. O PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, já havia sinalizado apoio a outros presos do 8 de Janeiro, data em que manifestantes invadiram e depredaram sedes dos Três Poderes.
Cavalcante afirmou que tentará contatar a cabeleireira por meio de seus advogados. A informação foi antecipada pelo portal g1 e confirmada pela reportagem.
Julgamento no STF foi suspenso
Débora é ré no STF desde 9 de agosto de 2024 e responde por danos ao patrimônio público e atos violentos. O julgamento na 1ª Turma do Supremo estava previsto para terminar na sexta-feira (28.mar), mas foi interrompido após pedido de vista do ministro Luiz Fux.
Antes da suspensão, a Corte discutia se a cabeleireira deveria cumprir os 14 anos de prisão solicitados por Alexandre de Moraes. Na segunda-feira (24.mar), a defesa de Débora entrou com um recurso pedindo liberdade durante o trâmite do processo, argumentando que o pedido de vista atrasou a decisão final. O ministro Paulo Gonet, da PGR, negou o pedido, mas recomendou a mudança do regime prisional – o que resultou na transferência para prisão domiciliar.
Origem da frase “perdeu, mané”
A expressão escrita por Débora na estátua do STF remete a uma fala de Barroso em novembro de 2022, quando ele foi abordado por um brasileiro na Times Square, em Nova York. Questionado se liberaria o código-fonte das urnas eletrônicas, o ministro respondeu: “Perdeu, mané, não amola”. A cena, filmada e viralizada, tornou-se um símbolo da polarização política no país.
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