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Em sessão ordinária da Câmara Municipal de São Luís nesta quarta-feira, 26, o vereador Jhonatas Soares, do Coletivo Nós (PT), direcionou críticas ao prefeito Eduardo Braide, denunciando atrasos nos repasses para as escolas de samba, ausência de apoio aos blocos carnavalescos e supostas irregularidades nos pagamentos a artistas contratados para o Carnaval 2024. As acusações colocam em xeque a gestão de recursos públicos e a priorização de gastos pela administração municipal.

Segundo Jhonatas Soares, as escolas de samba receberam apenas 70% do valor acordado com a prefeitura, totalizando pouco mais de R$ 70 mil, uma semana antes do Carnaval. “Qual a mensagem que o prefeito Eduardo Braide passa a essas escolas? Na minha opinião, é que elas não são prioridades para o Carnaval da nossa cidade”, afirmou o parlamentar. Ele também destacou que os blocos alternativos, tradicionais, afros e tribos de índios não receberam nenhum recurso, apesar de um acordo prevendo repasses de R$ 20 mil.

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O vereador ressaltou a importância econômica do Carnaval para São Luís, lembrando que o evento movimenta setores como comércio, artesanato, moda e serviços. “O Carnaval atinge toda a população: comerciários, brincantes, bailarinos, artesãos, costureiros, artistas plásticos, vendedores ambulantes. Isso é o que chamamos de cadeia econômica da cultura”, disse, questionando a falta de prioridade dada pelo prefeito ao setor.

Contraste com o Governo do Estado
Enquanto a gestão de Eduardo Braide é criticada, Jhonatas Soares elogiou o Governo do Maranhão pela agilidade nos repasses. Segundo ele, as escolas de samba receberam R$ 150 mil em janeiro, e os blocos carnavalescos obtiveram R$ 32 mil no início de fevereiro. “O que está pronto para o Carnaval de passarela em São Luís hoje é graças à sensibilidade do governador Carlos Brandão e do secretário de Cultura, Yuri Arruda”, afirmou, em claro contraste com a atuação do prefeito.

Acusações de superfaturamento e irregularidades
O vereador também apresentou números que, segundo ele, evidenciam pagamentos excessivos a artistas contratados pela prefeitura. Michele Andrade, que cobra R$ 195 mil em outras cidades, recebeu R$ 480 mil em São Luís. A Turma do Pagode, com cachês em torno de R$ 200 mil, foi contratada por R$ 550 mil. Klessinha, Iguinho e Lulinha, além do DJ Pedro Sampaio, também teriam recebido valores significativamente acima do praticado em outras localidades.

Jhonatas Soares ainda acusou o prefeito Eduardo Braide de realizar pagamentos antecipados a artistas como Raça Negra, Ara Ketu, Netinho, Tony Sales, Xande de Pilares, Zé Neto e Cristiano, em 27 de janeiro, antes da aprovação do orçamento municipal. “O prefeito pedalou, infringiu a lei, cometeu crime de responsabilidade fiscal. Ele não divulgou o valor dessas atrações e pagou antecipadamente, utilizando o orçamento do ano passado”, declarou.

Crime de responsabilidade fiscal
O parlamentar afirmou que o prefeito “cometeu crime de responsabilidade fiscal” ao realizar pagamentos fora do prazo legal e sem transparência nos valores. “Eduardo Braide não priorizou as escolas de samba e os blocos, que são a alma do Carnaval de São Luís, mas destinou recursos acima do mercado para artistas, sem qualquer justificativa clara”, completou.

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