O Maranhão iniciou 2025 com um triste e alarmante registro: quatro casos de feminicídio no mês de janeiro, o que equivale a uma mulher morta a cada semana. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), evidenciam a persistência da violência de gênero no estado, mesmo diante de campanhas e políticas públicas de combate a esse tipo de crime.
A quarta vítima foi Jamilly Yasmin Ribeiro Macedo, de 18 anos, morta no município de Cedral. Seu corpo foi encontrado no domingo, 26 de janeiro, em um terreno baldio, coberto por palha de coqueiro. De acordo com as investigações, a jovem foi assassinada após uma discussão com seu companheiro, que, motivado por ciúmes, desferiu golpes fatais no peito e no pescoço dela. O suspeito, cuja identidade não foi divulgada, é apontado como principal responsável pelo crime.
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Outro caso que chocou o estado foi o de Bruna Kely Silva Moreira, de 28 anos. A mulher desapareceu no bairro Piancó, na região da Vila Embratel, em São Luís, e seu corpo foi encontrado no dia 27 de janeiro, em uma cova rasa na localidade de Salina da Universidade Federal do Maranhão, no bairro Sá Viana. As circunstâncias de sua morte ainda estão sob investigação, mas familiares e amigos suspeitam de envolvimento de pessoas próximas.
No dia 7 de janeiro, uma mulher foi morta pelo próprio companheiro na aldeia indígena Castanhal, às margens da BR-226. O casal mantinha uma relação conturbada, marcada por episódios de violência física e verbal, que culminaram no feminicídio. O suspeito foi preso em flagrante e aguarda julgamento.
Já em São José de Ribamar, no dia 6 de janeiro, uma mulher foi encontrada morta dentro de sua própria casa. O corpo foi localizado por familiares e amigos, que, preocupados com seu desaparecimento, decidiram arrombar a porta da residência. O principal suspeito é o companheiro da vítima, que foi preso no dia 9 de janeiro, em Paulino Neves.
Cenário preocupante
Os casos reforçam a necessidade de medidas efetivas para combater a violência contra as mulheres no Maranhão. Apesar da existência da Lei Maria da Penha e de campanhas de conscientização, os números mostram que o problema persiste. Especialistas alertam para a importância de ampliar a rede de proteção às vítimas, além de investir em educação e políticas públicas que promovam a igualdade de gênero.
A SSP informou que as investigações sobre os quatro casos estão em andamento e que os suspeitos serão processados conforme a legislação vigente. Enquanto isso, familiares e amigos das vítimas lamentam as perdas e cobram justiça.
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