Em meio a uma grave crise política, o Ministério da Justiça da Coreia do Sul anunciou, nesta segunda-feira (9), a proibição de viagens internacionais ao presidente Yoon Suk-yeol. A medida ocorre enquanto ele é investigado por suspeitas de traição, rebelião e abuso de poder, relacionadas à breve imposição da lei marcial no início do mês.
Bae Sang-up, funcionário dos serviços de imigração, confirmou que a ordem foi assinada após solicitação do Gabinete de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Nível (CIO). O CIO é um dos principais órgãos que apuram os desdobramentos do decreto presidencial, que durou apenas seis horas, mas gerou forte reação política e social.
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A decisão de impedir o presidente de sair do país ocorre em paralelo à prisão do ex-ministro da Defesa Kim Yong-hyun, acusado de ter incentivado Yoon a declarar a lei marcial.
Repercussão política
O caso aprofundou o embate entre o governo e a oposição. O Partido Democrático (PD), principal força opositora, apresentou queixas formais contra Yoon e outras autoridades, incluindo o ex-ministro da Defesa. Para o PD, a imposição da lei marcial configura uma “rebelião inconstitucional e ilegal”.
A crise se intensificou após o boicote do Partido Popular do Povo (PPP), da base governista, que impediu a aprovação de uma moção de destituição no último sábado (7). A oposição, no entanto, promete insistir, com uma nova tentativa marcada para 14 de dezembro.
Contexto jurídico
Embora a Constituição sul-coreana garanta imunidade ao presidente em exercício, essa proteção não se aplica a acusações de rebelião ou traição. Especialistas alertam para a gravidade do cenário, com possíveis consequências para a estabilidade democrática do país.
O Ministério da Justiça reforçou que a proibição de viagens é uma medida necessária para garantir o andamento das investigações, que continuam a desvelar os desdobramentos do polêmico decreto presidencial.
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