Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, com o Hospital Al Aqsa operando muito além de sua capacidade nas últimas semanas devido à falta de alternativas para os pacientes. A sobrecarga da unidade hospitalar evidencia o impacto devastador do conflito na região. Em meio a essa situação, o Ministério da Saúde de Gaza emitiu um apelo urgente para que os 100 pacientes internados e as equipes médicas sejam protegidos.
“Esta situação é inaceitável. Al Aqsa está operando muito além da capacidade há semanas devido à falta de alternativas para os pacientes. Todas as partes em conflito devem respeitar o hospital, bem como o acesso dos pacientes aos cuidados médicos”, declarou um porta-voz do Ministério da Saúde.
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Em um comunicado separado, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que ataques militares israelenses mataram pelo menos 30 palestinos e feriram outros 66 no enclave nas últimas 24 horas, agravando ainda mais a situação já crítica dos serviços de saúde na região.
Deslocamento e Desespero
A guerra forçado deslocamentos massivos de civis. Sawsan Abu Afesh, uma residente de Gaza, relatou que já foi deslocada 11 vezes com sua família. “Deixei metade dos meus filhos para trás perto dos meus móveis e agora estou com os meus pequeninos e a minha filha. Só Deus nos pode ajudar… Não tenho dinheiro para transporte, irei para a área 17, onde minha família está hospedada no meu pé. Levei meus filhos e três ficaram para trás. Não faço ideia de onde”, disse Sawsan, destacando o desespero de muitas famílias que têm que se mover constantemente para tentar encontrar segurança.
Enquanto o conflito se intensifica, as negociações diplomáticas mediadas pelo Catar, Egito e Estados Unidos enfrentam grandes desafios para alcançar um cessar-fogo. Fontes de segurança egípcias relataram que tanto o Hamas quanto Israel não chegaram a um acordo durante as negociações realizadas no Cairo no último domingo. Apesar disso, um alto funcionário dos EUA descreveu as negociações como “construtivas”, sugerindo um esforço contínuo para encontrar um caminho para um acordo final e implementável.
Por outro lado, Osama Hamdan, um oficial do Hamas, afirmou que o grupo rejeitou as novas condições apresentadas por Israel durante as negociações e desmentiu os comentários dos EUA sobre um acordo iminente de cessar-fogo, qualificando-os como falsos e alegando que eles visam servir a propósitos eleitorais nos EUA.
Crescimento da Crise Humanitária
O conflito, que teve início com o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 250, segundo registros israelenses, levou a uma escalada sem precedentes. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 40.400 palestinos foram mortos desde o início da guerra. O enclave, com uma população de 2,3 milhões de habitantes, enfrenta agora uma crise humanitária severa, com deslocamentos frequentes e uma aguda escassez de alimentos e remédios.
As agências humanitárias alertam que a situação está se tornando insustentável, e há uma necessidade urgente de intervenção internacional para proteger os civis e fornecer ajuda essencial. À medida que o impasse diplomático persiste, o sofrimento da população de Gaza continua a se agravar, com poucas perspectivas de alívio imediato.
Com informações do REUTERS.
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