A pequena comunidade de Mata Velha, situada no município de São Bernardo, no Maranhão, ganhou visibilidade nacional recentemente devido a um vídeo divulgado por uma criança, que expôs as ameaças e violências que os moradores enfrentam. Agora, uma nova denúncia, feita em 14 de abril de 2024, traz à tona mais uma vez a difícil realidade vivida por essas famílias.
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Moradores de Mata Velha compartilharam vídeos chocantes que mostram casas sendo destruídas, em meio a um conflito pela posse de terra que assola a comunidade. “Não podemos ir para as nossas roças em paz. Sempre tem que ficar alguém para vigiar nossas casas”, desabafa um dos moradores, revelando o clima de constante tensão e insegurança que impera na região.
De acordo com os moradores, há diversos boletins de ocorrência registrados na Delegacia de São Bernardo, mas até o momento poucas medidas foram tomadas para resolver a situação. Enquanto isso, a comunidade se vê obrigada a reconstruir casas que foram destruídas, sem saber se elas resistirão por muito tempo. “As ameaças não param”, lamenta outro morador, demonstrando a sensação de impotência diante da violência que enfrentam.
A Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e na Cidade está acompanhando de perto o caso de Mata Velha, uma comunidade que há mais de duas décadas luta pela posse da terra onde vive e trabalha. A área em questão está em litígio há anos, o que tem gerado conflitos constantes entre os moradores e grupos interessados na região.
Mata Velha é uma comunidade que sobrevive da agricultura familiar, cultivando produtos como feijão, milho, melão, abóbora e pepino, sem o uso de agrotóxicos. Os moradores fazem parte da Associação dos Lavradores da Gleba Mata Velha Data Gengibre de Coqueiro e São Benedito, que reúne cerca de 73 famílias que dependem da terra para o seu sustento.
No entanto, segundo os trabalhadores rurais, a rotina na comunidade tem sido marcada pelo medo e pela tensão, com vigilância e monitoramento constantes, além de ameaças frequentes de incêndio nas plantações e residências, bem como de morte. Enquanto aguardam providências das autoridades, os moradores de Mata Velha seguem resistindo, lutando por seu direito à terra e por uma vida digna e segura.
Com informações da Agência Tambor.
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