Polícia Civil do DF indicia Jair Renan Bolsonaro por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Maciel Carvalho, ex-empresário de Jair Renan, sob suspeita de crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A investigação se concentrou em supostas irregularidades nos faturamentos da empresa de Jair Renan, a RB Eventos e Mídia, visando obter empréstimos bancários.

Segundo informações, os números falsos indicavam um faturamento de R$ 4,6 milhões entre 2021 e 2022. O relatório final de investigação foi encaminhado ao Poder Judiciário em 8 de fevereiro de 2024, porém o processo continua sob sigilo.

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O Ministério Público do Distrito Federal agora avaliará as provas para decidir se apresentará denúncia contra os investigados. Foram obtidos três empréstimos pela empresa de Jair Renan, totalizando cerca de R$ 698 mil.

Em paralelo à investigação, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal intimou Jair Renan e a empresa RB Eventos e Mídia a pagar uma dívida de R$ 360 mil. A decisão tem força de certidão de admissão da execução, para fins de averbação no registro de bens sujeitos à penhora.

A investigação revelou que parte dos valores dos empréstimos teria sido utilizada para pagar faturas de cartões de crédito da empresa. Além disso, o esquema envolveria a transferência de recursos por meio de contas laranjas, o que caracterizaria lavagem de dinheiro.

Jair Renan foi alvo de buscas em agosto passado, e Maciel Carvalho chegou a ser preso, mas foi liberado apesar do indiciamento. A reportagem tentou contato com o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, mas não obteve resposta até o momento.

Esta não é a primeira vez que Jair Renan é alvo de investigações. Em 2022, ele foi investigado pela Polícia Federal por suspeita de favorecimento ilícito a empresários, mas o inquérito foi encerrado sem indiciamentos.

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