Na tarde da última segunda-feira (15), Luciano Pereira Santos Froes, 37 anos, enfrentou uma situação de desespero e humilhação ao ser expulso do Hospital Municipal Clementino Moura, o Socorrão II, em São Luís. O motivo? Sua tentativa desesperada de chamar a atenção para outro paciente que estava sofrendo com falta de ar.
Luciano encontrava-se internado desde o dia 1° de janeiro, vítima de uma tentativa de assalto sofrida junto à sua esposa após as celebrações de réveillon. Durante o incidente, pulou de um carro em movimento, resultando na fratura do braço. Aguardava há 15 dias por uma cirurgia quando, para sua surpresa, foi orientado a aguardar o procedimento em casa.
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O relato de Luciano sobre sua expulsão do hospital é impactante: “Saíram me arrastando pelo corredor feito um bicho. Me trataram como uma coisa qualquer, um bicho, como se eu fosse um bandido. Me jogaram lá no meio da rua. E eu estou aqui, meu braço está quebrado e estou precisando da cirurgia. E eu não sei como recorrer para voltar de novo ao hospital.”
A Secretaria Municipal de Saúde, em nota, defendeu a ação da direção do hospital, alegando que Luciano havia quebrado o vidro da sala da enfermaria, ameaçado profissionais com pedaços de vidro, jogado marmita e proferido xingamentos. Por sua vez, Luciano negou ter agredido qualquer funcionário e afirmou ter sido expulso após se revoltar com o descaso dos profissionais diante dos apelos de socorro de outro paciente.
A narrativa de Luciano é reforçada por seu desafio ao município de divulgar as gravações que evidenciariam a verdade dos fatos. Ele acusa uma enfermeira de tê-lo agredido verbalmente, o que o levou a reagir no calor do momento. A Polícia Militar foi acionada para retirá-lo do local quando se recusou a sair sem realizar o procedimento médico.
Em um relato chocante, Luciano descreve as agressões que sofreu durante a abordagem policial: “Estou aqui com dor, não tenho recursos para comprar remédio para medicação ou me tomar. Meu braço está muito inchado. Na cozinha, onde eles me agrediram, puxaram pelo meu braço que estava machucado, me derrubaram da maca, chutaram a minha cara, deram tapa na minha cara, tenho testemunha para isso.”
Diante dos acontecimentos, Luciano Pereira registrou um Boletim de Ocorrência na 7ª Delegacia de Polícia Civil, alegando ter sido agredido pelos agentes durante sua remoção do hospital.
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