A situação da educação infantil em Alcântara tem se tornado uma fonte crescente de apreensão para os moradores e pais de alunos locais. Na madrugada desta quarta-feira (10), um episódio alarmante evidenciou a crise: pais, mães e avós viram-se obrigados a passar a noite nas calçadas, expostos ao relento, em uma luta desesperada por uma das escassas vagas disponíveis na pré-escola.
A escassez de vagas para creches não é um dilema novo na região. Uma tentativa de resolver essa questão ocorreu durante a gestão de Domingos Araken, que iniciou a construção de uma creche. No entanto, essa construção foi abruptamente interrompida devido a uma decisão judicial, uma vez que a obra foi paga antes de ser iniciada e problemas contratuais com a empresa responsável paralisaram o projeto, deixando a estrutura inacabada.
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Adicionalmente, mesmo com recursos adicionais alocados para a educação infantil em 2021, a gestão optou por reformar escolas do ensino fundamental, as quais, infelizmente, acabaram não sendo utilizadas devido à falta de transporte adequado. Esta decisão reflete uma clara falta de prioridade e planejamento por parte da administração pública, negligenciando as necessidades mais urgentes da população.
A atual gestão de Nivaldo Araújo, intitulada “Novos Rumos”, demonstrou falhas evidentes na capacidade de gerir demandas básicas, como a educação.
A situação na pré-escola, com pais e responsáveis enfrentando condições adversas em busca de uma vaga para seus filhos, é um retrato impactante das deficiências do sistema educacional local. A falta de vagas em creches não apenas coloca as crianças em desvantagem no desenvolvimento educacional, mas também impõe uma carga adicional aos pais, muitos dos quais precisam conciliar trabalho e cuidados infantis.
Os desafios enfrentados durante a gestão anterior, com a construção interrompida da creche, ainda deixam sequelas. A comunidade exige transparência sobre as ações tomadas para retomar e concluir essa importante estrutura educacional, a fim de aliviar a pressão sobre as famílias que hoje se veem obrigadas a tomar medidas extremas para garantir o acesso à educação pré-escolar.
A falta de utilização das escolas reformadas devido à ausência de transporte adequado revela um descompasso entre decisões administrativas e as reais necessidades da população. É crucial que a administração pública reveja suas prioridades e adote medidas concretas para atender às demandas urgentes da comunidade.
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