Produções aprovadas no edital Ocupa CCVM – Amazônia em Foco possuem temáticas como presença indígena em redes sociais, importância do cultivo do abacaxi de Turiaçu e a punga dos homens em Anajatuba.
De 10 a 12 de janeiro, às 19h, o Centro Cultural Vale Maranhão exibirá a II Mostra Ocupa CCVM. O evento apresenta em sua programação os filmes selecionados no edital Ocupa CCVM – Amazônia em Foco, realizado em 2023 e que recebeu projetos dos estados que compõem a Amazônia Legal. Ao todo, sete filmes receberam recursos para serem produzidos ou finalizados, e englobam uma diversidade de temas como cultura popular, a presença indígena em redes sociais, paradoxos entre a floresta e a urbanização, o impacto da cheia do Rio Solimões em uma cidade do Amazonas e o cultivo do tradicional abacaxi de Turiaçu, no interior do Maranhão.
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O filme Digital Originário apresenta a rotina do cineasta e fotógrafo indígena Flay Guajajara, um dos criadores do portal Mídia Índia, e sua atuação enquanto comunicador na luta pelos direitos dos povos originários. Assina a direção o fotógrafo espanhol, domiciliado em São Luís há 10 anos, Jesus Pérez.
Duas vertentes do Tambor de Crioula ganham protagonismo com o longa Fogo, Murro e Coice, de Denis Carlos e Papo de Mestre – Tambor de Crioula. O primeiro apresenta a tradição da Punga dos Homens, com os devotos de São Benedito durante a festa do Tambor na cidade de Anajatuba. O segunda é um curta-metragem gravado no quilombo urbano da Liberdade, com depoimentos de mestres e mestras dos Tambores da Fé em Deus, Leonardo e Floresta, debatendo sobre as trajetórias, contribuições e desafios na manutenção da cultura ancestral no Estado.
Carne Doce¸ produzido pelo Coletivo Ícaro Não Sabe Voar, traz depoimentos de agricultores do famoso abacaxi de Turiaçu, fruta conhecida no Maranhão por seu intenso sabor adocidado. A cidade de Anamã, no Amazonas, conhecida por resistir ao Rio Solimões em tempos de cheia e adaptar sua rotina às enchentes, ganhou o documentário Anamã – A Veneza dos Amazonas, da La Xunga Produções, produtora de conteúdo audiovisual com experiência na coprodução local de projetos internacionais em parcerias importantes, como o portal britânico BBC. Também da região Norte, serão exibidos comoVer a cidade, do artista visual roraimense Rafael Pinto – Pérola, que apresenta um trabalho correalizado com moradores da capital Boa Vista, que retratam e relatam a relação deles com a cidade; e Curva de Rio, da rondoniense Amanara Brandão Lube, um passeio entre a floresta e a urbanização amazônica guiado pela ótica do encantamento.
Toda a programação é gratuita. O Centro Cultural Vale Maranhão fica localizado na Rua Direita, nº 149, Centro Histórico de São Luís.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
10 de janeiro
comoVer a cidade, de Rafael Pereira – Pérola;
Fogo, Murro e Coice, de Denis Carlos;
11 de janeiro
Papo de Mestre – Tambor de Crioula, de Talyene Melônio;
Anamã, a Veneza do Amazonas, de LaXunga Produções;
12 de janeiro
Curva de rio, de Amanara Brandão;
Digital Originário, de Jesus Pérez;
Carne Doce, de Ellen Veloso, Ianael e Isadora Pinheiro.
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