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O acordo de delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, ganha destaque à medida que entra em uma nova fase, com a homologação pelo ministro Alexandre de Moraes. Esse desenvolvimento marca um capítulo crucial nas investigações em curso, que têm agitado a política brasileira nos últimos meses.

Segundo informações de fontes próximas à investigação, Cid já forneceu esclarecimentos fundamentais em seu depoimento inicial. Agora, a dinâmica das investigações concentra-se na verificação e busca de evidências ou indícios que possam corroborar as informações fornecidas por Cid à Polícia Federal (PF). Nesse sentido, as chamadas “diligências complementares” tornam-se uma peça fundamental no processo, pois visam fortalecer ou refutar os relatos do delator.

A delação de Mauro Cid representa um dos maiores desafios políticos enfrentados por Jair Bolsonaro e sua equipe até o momento, como admitem aliados do ex-presidente. Cid desempenhava um papel de extrema proximidade com Bolsonaro, sendo frequentemente acionado para lidar com questões políticas e pessoais do então presidente.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está diretamente ligado aos três principais pontos de investigação até o momento. Em primeiro lugar, as alegações de fraude em cartões de vacinação lançaram uma sombra sobre o governo anterior. Além disso, investigações sobre o desvio de presentes valiosos também são parte integrante das indagações em curso. Por último, mas não menos importante, a articulação para tentar um golpe após a derrota nas eleições de 2022 tem sido objeto de análise detalhada pela PF.

Nesse último aspecto, segundo informações obtidas pela Polícia Federal, Mauro Cid desempenhou um papel significativo. Cabia a ele a tarefa de buscar argumentos legais para justificar uma possível ruptura, incluindo a encomenda, distribuição e promoção de teorias questionáveis relacionadas ao artigo 342 da Constituição, que já vinha sendo objeto de controvérsias no contexto político.

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