Nesta sexta-feira (1º), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Polícia Federal (PF) e decretou o bloqueio de parte dos bens do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do partido União Brasil (MA). Essa medida foi tomada no âmbito da Operação Benesse, que investiga desvios e lavagem de dinheiro envolvendo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no estado do Maranhão.
A operação, que visa desarticular uma organização criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, tem como seu principal alvo a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, que é irmã do ministro Juscelino. A ação apura o envolvimento de verbas federais da Codevasf nessas irregularidades.
Embora a PF tenha solicitado busca e apreensão nos endereços de Juscelino Filho, o ministro Barroso decidiu pelo indeferimento na ocasião, alegando a falta de elementos concretos que ligassem o ministro diretamente aos ilícitos investigados.
Uma das descobertas preocupantes feitas pela investigação é que sob o comando da irmã do ministro das Comunicações, a Prefeitura de Vitorino Freire renovou pelo menos dois contratos com a empresa Construservice. Essa empresa já havia sido alvo de operações da Polícia Federal em julho e outubro do ano passado. Surpreendentemente, em agosto e novembro, a prefeitura prorrogou dois contratos com a Construservice, totalizando R$ 8,9 milhões. Esses contratos envolvem serviços de pavimentação, recapeamento e calçamento de ruas na cidade de Vitorino Freire. É importante notar que a Construservice também foi alvo da operação da PF realizada nesta sexta-feira.
Até o momento, a assessoria do ministro Juscelino Filho não se pronunciou sobre o bloqueio de seus bens.
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