O mercado financeiro brasileiro reajustou suas projeções para o crescimento da economia do país no corrente ano. De acordo com o mais recente boletim Focus, uma pesquisa semanal elaborada pelo Banco Central (BC) com análises dos principais indicadores econômicos, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 2,29% para 2,31%. Essa mudança reflete a confiança renovada em relação ao desempenho da economia nacional.
Os prognósticos para os anos seguintes também foram divulgados. Para 2024, a expectativa de crescimento do PIB é de 1,33%. O mercado financeiro projeta uma expansão gradual nos anos posteriores, com previsões de 1,9% em 2025 e 2% em 2026.
No primeiro trimestre do ano, o PIB já demonstrou um crescimento de 1,9% em comparação com o trimestre anterior. Com os números do segundo trimestre a serem anunciados em breve pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a nação aguarda com expectativa os resultados, que podem dar indícios da tendência econômica do país.
Contudo, junto ao otimismo econômico, as preocupações com a inflação permanecem. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que é a medida oficial da inflação – foi mantida em 4,9% para este ano, alinhada com a estimativa da semana anterior. Para 2024, a previsão é de uma inflação de 3,87%, enquanto para 2025 e 2026, a expectativa é de uma inflação de 3,5% em ambos os anos.
Essas estimativas, entretanto, estão acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central. Com uma meta de 3,25% para 2023 e uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a possibilidade de a inflação superar esse limite é avaliada em 61%.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Após um longo período de aumento da taxa para conter a inflação, o Copom iniciou um ciclo de redução da Selic neste mês, considerando a queda da inflação. A expectativa do mercado é que a taxa básica encerre 2023 em 11,75% ao ano, e para 2024, a estimativa é de uma queda para 9%.
A taxa de câmbio também está no radar das projeções financeiras. O mercado prevê que o dólar encerre o ano em R$ 4,98, e para o final de 2024, a estimativa é de que alcance o patamar de R$ 5.
Em suma, as perspectivas para a economia brasileira apontam para um crescimento gradual, embora a inflação e a política monetária continuem a ser monitoradas de perto para garantir uma estabilidade econômica sustentável.
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