Uma investigação que teve início em 2022 com o objetivo de apurar alegadas discussões sobre um possível golpe de Estado entre empresários proeminentes do país revelou uma conexão notável entre esses indivíduos e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, trouxe à luz uma preocupante interação entre atores políticos e empresariais no disparo de desinformação e ataques às instituições.
O caso veio à tona quando o portal Metrópoles divulgou conversas que sugeriam apoio a um golpe em caso de vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva. A partir dessas revelações, a investigação concentrou-se em empresários influentes que pareciam estar fomentando discursos de desestabilização. Moraes autorizou a busca e apreensão de dispositivos eletrônicos e outros materiais pertencentes a oito desses empresários.

Recentemente, o ministro Moraes decidiu manter dois dos empresários, Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan, sob investigação, enquanto arquivou as acusações contra os outros seis alvos. A decisão levou em consideração a perspectiva de que, embora Nigri e Hang tenham compartilhado desinformação, suas ações estivessem dentro dos limites da liberdade de expressão.
No entanto, a proximidade de Meyer Nigri com o ex-presidente Jair Bolsonaro levantou suspeitas sobre sua possível participação na disseminação coordenada de ataques às instituições. A Polícia Federal (PF) destacou uma mensagem encontrada no celular de Nigri, supostamente enviada por Bolsonaro, na qual o ex-presidente ataca membros do Supremo, propaga notícias falsas sobre o sistema de votação, e instrui: “Repasse ao máximo”. A mensagem também questiona a integridade de um instituto de pesquisa e critica a defesa do voto eletrônico pelo ministro Luís Roberto Barroso.
A reação de Meyer Nigri à ordem de disseminação da mensagem é notável, conforme comunicado pela PF. “Já repassei para vários grupos!”, teria afirmado Nigri, indicando um engajamento ativo na divulgação do conteúdo.
Com informações do G1
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